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Questões comentadas . Concursos Diversos de Controle da Administração Pública | 271266

#271266
Banca
. Bancas Diversas
Matéria
Controle da Administração Pública
Concurso
. Concursos Diversos
Tipo
Múltipla escolha
fácil

(1,0) 1 - 

Túlio era servidor público federal e falsificou documentos para, de má fé, obter a sua aposentadoria por tempo de contribuição junto ao Regime Próprio de Previdência Social – RPPS. Por não ter sido verificado o problema dos documentos, o pedido foi deferido pelo órgão competente de origem e, pouco depois, registrado perante o Tribunal de Contas da União – TCU, que não verificou o embuste e não conferiu oportunidade de manifestação para Túlio. Ocorre que, seis anos após o aludido registro, a Corte de Contas tomou conhecimento do ardil de Túlio e da nulidade dos documentos apresentados, razão pela qual instaurou processo administrativo para fins de anular o registro promovido em dissonância com o ordenamento jurídico.
Diante dessa situação hipotética, aponte a assertiva correta.

Comentários da questão

  • - 06/06/2025 às 10:02

    A alternativa correta é a b):

    b) O exercício da autotutela, para fins de anular a aposentadoria de Túlio, não está fulminado pela decadência, diante de sua má-fé.

    Explicação:

    O prazo decadencial para anulação de atos administrativos é de 5 anos, contados da data em que o interessado tomou conhecimento do ato.

    Contudo, quando há má-fé ou fraude, o prazo decadencial pode não ser aplicado, porque o agente agiu de forma dolosa para obter o benefício indevido.

    Nesse caso, a administração pode anular o ato fraudulento independentemente do prazo decadencial, pois o princípio da boa-fé administrativa justifica a anulação.

    Além disso, a aposentadoria é ato administrativo complexo, sujeito a registro e fiscalização pelo TCU, e o TCU pode agir para corrigir irregularidades.

    Análise das outras alternativas:

    a) Errada: a aposentadoria é ato complexo que deve ser registrada no TCU, portanto o registro foi regular.

    c) Errada: o registro perante o TCU não gera necessariamente direito à ampla defesa na fase de registro; o contraditório ocorre no processo administrativo de revisão ou anulação.

    d) Errada: embora o prazo de prescrição para a cobrança de valores seja de 5 anos, no caso de nulidade por fraude, a decadência não impede a anulação.

  • - 14/11/2023 às 16:55

    Na situação hipotética apresentada:

    b) O exercício da autotutela, para fins de anular a aposentadoria de Túlio, não está fulminado pela decadência, diante de sua má-fé.

    A decadência é o prazo para que a Administração exerça o direito de anular um ato administrativo. No entanto, quando há má-fé por parte do beneficiário do ato, como no caso de Túlio, a doutrina e jurisprudência entendem que esse prazo (decadência) pode ser suspenso ou interrompido. Nesse contexto, a má-fé pode impactar a aplicação da decadência e permitir à Administração anular o ato mesmo após transcorrido o prazo.