Vamos analisar com atenção o impacto contábil do empréstimo obtido em 31/12/2015, com base nos critérios do custo amortizado, conforme exigido pelo CPC 08 e CPC 38 (IFRS 9).
📌 Resumo dos dados:
Valor do empréstimo contratado: R$ 10.000.000,00
Custos de transação: R$ 842.783,00
Mensuração pelo custo amortizado, com taxa efetiva de 10% a.a.
Pagamento da primeira parcela: apenas em 31/12/2016
Data da contratação: 31/12/2015
✅ Reconhecimento inicial no Balanço Patrimonial (31/12/2015):
O valor do passivo deve ser reconhecido líquido dos custos de transação, ou seja:
Passivo inicial
10.000.000
−
842.783
9.157.217
,
00
Passivo inicial=10.000.000−842.783=9.157.217,00
O valor efetivamente recebido (R$ 10.000.000,00) é registrado no ativo (disponibilidades ou caixa).
Os custos de transação não são reconhecidos como despesa imediata, mas sim como ajuste do valor do passivo, amortizados ao longo do tempo via método dos juros efetivos.
📈 Então, o efeito no balanço de 31/12/2015 é:
Ativo (Caixa/Disponível): + R$ 10.000.000,00
Passivo (Empréstimo a pagar): + R$ 9.157.217,00
A diferença (R$ 842.783,00) não aparece como despesa, mas sim como um desconto implícito no passivo, que será reconhecido ao longo do tempo como despesa financeira (por meio da aplicação da taxa efetiva de juros).
❌ Análise das alternativas:
a) R$ 10.000.000,00 no ativo. ✅ Verdadeiro, mas incompleto (não menciona o efeito no passivo).
b) R$ 10.000.000,00 no passivo. ❌ Errado, pois o passivo reconhecido é líquido dos custos de transação.
c) R$ 14.902.948,90 no passivo. ❌ Valor sem nexo com o cenário apresentado.
d) ✅ R$ 9.157.217,00 no passivo. ✔️ Correta, reflete a forma adequada de mensuração inicial do empréstimo.
e) R$ 10.000.000,00 no passivo e despesa financeira de R$ 842.783,00. ❌ Errado, pois os custos de transação não geram despesa imediata.
✅ Alternativa correta:
d) R$ 9.157.217,00 no passivo.