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Simulado ENEM | PORTUGUÊS | ENEM

Simulado ENEM | PORTUGUÊS

SIMULADO ENEM | PORTUGUÊS

INSTRUÇÕES DESTE SIMULADO

OBJETIVOS DO SIMULADO
Aprimorar os conhecimentos adquiridos durante os seus estudos, de forma a avaliar a sua aprendizagem, utilizando para isso as metodologias e critérios idênticos aos maiores e melhores concursos públicos do País, através de simulado para ENEM, prova do ENEM e/ou questões do ENEM.

PÚBLICO ALVO DO SIMULADO
Alunos que almejam sua aprovação no ENEM. Que desejam tirar excelentes notas na prova do ENEM deste ano.

SOBRE AS QUESTÕES DO SIMULADO
Este simulado contém questões do ENEM e da banca INEP. Estas questões são especificamente para o Aluno ENEM , contendo PORTUGUÊS que foram extraídas de provas anteriores, portanto este simulado contém os gabaritos oficiais destas provas do ENEM.

ESTATÍSTICA DO SIMULADO
O simulado ENEM | PORTUGUÊS contém um total de 20 questões com um tempo estimado de 60 minutos para sua realização. O assunto abordado é diversificado para que você possa realmente simular como esta seus conhecimentos.

RANKING DO SIMULADO
Realize este simulado até o seu final e ao conclui-lo você verá as questões que errou e acertou, seus possíveis comentários e ainda poderá ver seu DESEMPENHO perante ao dos seus CONCORRENTES. Venha participar deste Ranking do ENEM e saia na frente de todos. Veja sua nota e sua colocação e saiba se esta preparado para conseguir sua aprovação.

Bons Estudos! Simulado para o ENEM é aqui!


#83994
Banca
INEP
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Português
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ENEM
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difícil

(1,0) 1 - 

Ela parecia pedir socorro contra o que de algum modo involuntariamente dissera. E ele com os olhos miúdos quis que ela não fugisse e falou:

— Repita o que você disse, Lóri.

— Não sei mais.

— Mas eu sei, eu vou saber sempre. Você literalmente disse: um dia será o mundo com sua impersonalidade soberba versus a minha extrema individualidade de pessoa, mas seremos um só.

— Sim.

Lóri estava suavemente espantada. Então isso era a felicidade. De início se sentiu vazia. Depois seus olhos ficaram úmidos: era felicidade, mas como sou mortal, como o amor pelo mundo me transcende. O amor pela vida mortal a assassinava docemente, aos poucos. E o que é que eu faço? Que faço da felicidade? Que faço dessa paz estranha e aguda, que já está começando a me doer como uma angústia, como um grande silêncio de espaços? A quem dou minha felicidade, que já está começando a me rasgar um pouco e me assusta? Não, não quero ser feliz. Prefiro a mediocridade. Ah, milhares de pessoas não têm coragem de pelo menos prolongar-se um pouco mais nessa coisa desconhecida que é sentir-se feliz e preferem a mediocridade. Ela se despediu de Ulisses quase correndo: ele era o perigo.

LISPECTOR, C. Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1990.

 

A obra de Clarice Lispector alcança forte expressividade em razão de determinadas soluções narrativas. No fragmento, o processo que leva a essa expressividade fundamenta-se no

  • a) desencontro estabelecido no diálogo do par amoroso.
  • b) exercício de análise filosófica conduzido pelo narrador.
  • c) registro do processo de autoconhecimento da personagem.
  • d) discurso fragmentado como reflexo de traumas psicológicos.
  • e) afastamento da voz narrativa em relação aos dramas existenciais.
#83995
Banca
INEP
Matéria
Português
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ENEM
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(1,0) 2 - 

Ultimate Frisbee é um jogo competitivo praticado com um disco. Essa modalidade esportiva tem como característica mais interessante o fato de não contar com um árbitro. Apesar de ter regras preestabelecidas, estas são aplicadas conforme o consenso entre os praticantes.

GUTIERREZ, G. L. et. al. A construção de consensos numa prática esportiva competitiva: uma análise habermasiana do Ultimate Frisbee. Disponível em: www.efdeportes.com. Acesso em: 19 jun. 2012 (adaptado).

 

Em relação à aplicação das regras, o Ultimate Frisbee prevê

  • a) contestação externa das posições assumidas no jogo.
  • b) regras aplicadas com base em posições individualistas.
  • c) entendimento mútuo na solução de lances controversos.
  • d) dúvidas solucionadas pela opinião dos mais experientes.
  • e) definição das regras por meio de acordo entre os jogadores.
#83996
Banca
INEP
Matéria
Português
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(1,0) 3 - 

Quanto às mulheres de vida alegre, detestava-as; tinha gasto muito dinheiro, precisava casar, mas casar com uma menina ingênua e pobre, porque é nas classes pobres que se encontra mais vergonha e menos bandalheira. Ora, Maria do Carmo parecia-lhe uma criatura simples, sem essa tendência fatal das mulheres modernas para o adultério, uma menina que até chorava na aula simplesmente por não ter respondido a uma pergunta do professor! Uma rapariga assim era um caso esporádico, uma verdadeira exceção no meio de uma sociedade roída por quanto vício há no mundo. Ia concluir o curso, e, quando voltasse ao Ceará, pensaria seriamente no caso. A Maria do Carmo estava mesmo a calhar: pobrezinha, mas inocente...

CAMINHA, A. A normalista. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 16 maio 2016.

 

Alinhado às concepções do Naturalismo, o fragmento do romance de Adolfo Caminha, de 1893, identifica e destaca nos personagens um(a)

  • a) compleição moral condicionada ao poder aquisitivo.
  • b) temperamento inconstante incompatível com a vida conjugal.
  • c) formação intelectual escassa relacionada a desvios de conduta.
  • d) laço de dependência ao projeto de reeducação de inspiração positivista.
  • e) sujeição a modelos representados por estratificações sociais e de gênero.
#83997
Banca
INEP
Matéria
Português
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(1,0) 4 - 

Vez por outra, indo devolver um filme na locadora ou almoçar no árabe da rua de baixo, dobro uma esquina e tomo um susto. Ué, cadê o quarteirão que estava aqui? Onde na véspera havia casinhas geminadas, roseiras cuidadas por velhotas e janelas de adolescentes, cheias de adesivos, há apenas uma imensa cratera, cercada de tapumes. [...]

Em breve, do buraco brotará um prédio, com grandes garagens e minúsculas varandas, e será batizado de Arizona Hills, ou Maison Lacroix, ou Plaza de Marbella, e isso me entristece. Não só porque ficará mais feio meu caminho até a locadora, ou até o árabe na rua de baixo, mas porque é meu bairro que morre, devagarinho. Os bairros, como os homens, também têm um espírito. [...]

Às vezes, no fim da tarde, quando ouço o sino da igreja da Caiubi badalar seis vezes, quase acredito que estou numa cidade do interior. Aí saio para devolver os vídeos, olho para o lado, percebo que o quarteirão desapareceu e me dou conta de que estou em São Paulo, e que eu mesmo tenho minha cota de responsabilidade: moro no segundo andar de um prédio. [...] Ali embaixo, onde agora fica a garagem, já houve uma cratera, e antes dela o jardim de uma velhota e a janela de um adolescente, cheia de adesivos.

PRATA, A. Perdizes. In: Meio intelectual, meio de esquerda. São Paulo: Editora 34, 2010.

 

Na crônica, a incidência do contexto social sobre a voz narrativa manifesta-se no(a)

  • a) decepção com o progresso da cidade de São Paulo.
  • b) sentimento de nostalgia causado pela demolição das casas antigas.
  • c) percepção de uma descaracterização da identidade do bairro.
  • d) necessidade de uma autocrítica em relação aos próprios hábitos.
  • e) descontentamento com os estrangeirismos da nova geografia urbana.
#83998
Banca
INEP
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Português
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(1,0) 5 - 

Simulado ENEM 6152  PORTUGUêS  QUESTAO 05

TEXTO II

 

Manuel da Costa Ataíde (Mariana, MG, 1762-1830), assim como os demais artistas do seu tempo, recorria a bíblias e a missais impressos na Europa como ponto de partida para a seleção iconográfica das suas composições, que então recriava com inventiva liberdade.

Se Mário de Andrade houvesse conseguido a oportunidade de acesso aos meios de aproximação ótica da pintura dos forros de Manuel da Costa Ataíde, imaginamos como não teria vibrado com o mulatismo das figuras do mestre marianense, ratificando, ao lado de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, a sua percepção pioneira de um surto de racialidade brasileira em nossa terra, em pleno século XVIII.

FROTA, L. C. Ataíde: vida e obra de Manuel da Costa Ataíde. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982.

 

O Texto II destaca a inovação na representação artística setecentista, expressa no Texto I pela

  • a) reprodução de episódios bíblicos.
  • b) retratação de elementos europeus.
  • c) valorização do sincretismo religioso.
  • d) recuperação do antropocentrismo clássico.
  • e) incorporação de características identitárias.
#83999
Banca
INEP
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Português
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(1,0) 6 - 

A orquestra atacou o tema que tantas vezes ouvi na vitrola de Matilde. Le maxixe!, exclamou o francês [...] e nos pediu que dançássemos para ele ver. Mas eu só sabia dançar a valsa, e respondi que ele me honraria tirando minha mulher. No meio do salão os dois se abraçaram e assim permaneceram, a se encarar. Súbito ele a girou em meia-volta, depois recuou o pé esquerdo, enquanto com o direito Matilde dava um longo passo adiante, e os dois estacaram mais um tempo, ela arqueada sobre o corpo dele. Era uma coreografia precisa, e me admirou que minha mulher conhecesse aqueles passos. O casal se entendia à perfeição, mas logo distingui o que nele foi ensinado do que era nela natural. O francês, muito alto, era um boneco de varas, jogando com uma boneca de pano. Talvez pelo contraste, ela brilhava entre dezenas de dançarinos, e notei que todo o cabaré se extasiava com a sua exibição. Todavia, olhando bem, eram pessoas vestidas, ornadas, pintadas com deselegância, e foi me parecendo que também em Matilde, em seus movimentos de ombros e quadris, havia excesso. A orquestra não dava pausa, a música era repetitiva, a dança se revelou vulgar, pela primeira vez julguei meio vulgar a mulher com quem eu tinha me casado. Depois de meia hora eles voltaram se abanando, e escorria suor pelo colo de Matilde decote abaixo. Bravô, eu gritei, bravô, e ainda os estimulei a dançar o próximo tango, mas Dubosc disse que já era tarde, e que eu tinha um ar fatigado.

CHICO BUARQUE. Leite derramado. São Paulo: Cia. das Letras, 2009.

 

Os recursos expressivos de um texto literário fornecem pistas aos leitores sobre a percepção dos personagens em relação aos eventos da narrativa. No fragmento, constitui um aspecto relevante para a compreensão das intenções do narrador a

  • a) inveja disfarçada em relação ao estrangeiro, sugerida pela descrição de seu talento como dançarino.
  • b) demonstração de ciúmes, expressa pela desqualificação dos participantes da cena narrada.
  • c) postura aristocrática, assinalada pela crítica à orquestra e ao gênero musical executado.
  • d) manifestação de desprezo pela dança, indicada pela crítica ao exibicionismo da mulher.
  • e) atitude interesseira, pressuposta no elogio final e no estímulo à continuação da dança.
#84000
Banca
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(1,0) 7 - 

esse cão que me segue

é minha família, minha vida

ele tem frio mas não late nem pede

ele sabe que o que eu tenho

divido com ele, o que eu não tenho

também divido com ele

ele é meu irmão

ele é que é meu dono


bicho se é por destino sina ou sorte

só faltando saber se bicho decente

bicho de casa, bicho de carro, bicho

no trânsito, se bicho sem norte na fila

se bicho no mangue, se bicho na brecha

se bicho na mira, se bicho no sangue


catar papel é profissão, catar papel

revela o segredo das coisas, tem

muita coisa sendo jogada fora

muita pessoa sendo jogada fora 

 

OLIVEIRA, V. L. O músculo amargo do mundo. São Paulo: Escrituras, 2014.

 

No poema, os elementos presentes do campo de percepção do eu lírico evocam um realinhamento de significados, uma vez que

  • a) emerge a consciência do humano como matéria de descarte.
  • b) reside na eventualidade do acaso a condição do indivíduo.
  • c) ocorre uma inversão de papéis entre o dono e seu cão.
  • d) se instaura um ambiente de caos no mosaico urbano.
  • e) se atribui aos rejeitos uma valorização imprevista.
#84001
Banca
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(1,0) 8 - 

Simulado ENEM 6152  PORTUGUêS  QUESTAO 08

TEXTO III

 

A arte pode estar, às vezes, muito mais preparada do que a ciência para captar o devir e a fluidez do mundo, pois o artista não quer manipular, mas sim “habitar” as coisas. O famoso artista francês Rodin, no seu livro L’Art (A Arte, 1911), comenta que a técnica de fotografia em série, mostrando todos os momentos do galope de um cavalo em diversos quadros, apesar de seu grande realismo, não é capaz de capturar o movimento. O corpo do animal é fotografado em diferentes posições, mas ele não parece estar galopando: “na imagem científica [fotográfica], o tempo é suspenso bruscamente”.

Para Rodin, um pintor é capaz, em única cena, de nos transmitir a experiência de ver um cavalo de corrida, e isso porque ele representa o animal em um movimento ambíguo, em que os membros traseiros e dianteiros parecem estar em instantes diferentes. Rodin diz que essa exposição talvez seja logicamente inconcebível, mas é paradoxalmente muito mais adequada à maneira como o movimento se dá: “o artista é verdadeiro e a fotografia mentirosa, pois na realidade o tempo não para”.

FEITOSA, C. Explicando a filosofia com arte. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004

 

Observando-se as imagens (Textos I e II), o paradoxo apontado por Rodin (Texto III) procede e cria uma maneira original de perceber a relação entre a arte e a técnica, porque o(a) 

  • a) fotografia é realista na captação da sensação do movimento.
  • b) pintura explora os sentimentos do artista e não tem um caráter científico.
  • c) fotógrafo faz um estudo sobre os movimentos e consegue captar a essência da sua representação.
  • d) pintor representa de forma equivocada as patas dos cavalos, confundindo nossa noção de realidade.
  • e) pintura inverte a lógica comumente aceita de que a fotografia faz um registro objetivo e fidedigno da realidade.
#84002
Banca
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(1,0) 9 - 

Olhando o gavião no telhado, Hélio fala:

— Esta noite eu sonhei um sonho engraçado.

— Como é que foi? — pergunta o pai.

— Quer dizer, não é bem engraçado não. É sobre uma casa de joão-de-barro que a gente descobriu ali no jacarandá.

— A gente, quem?

— Eu mais o Timinho.

— O que tinha dentro?

— Um ninho.

— Vazio?

— Não.

— Tinha ovo?

— Tinha.

— Quantos? — pergunta a mãe.

Hélio fica na dúvida. Não consegue lembrar direito.

Todos esperam, interessados. Na maior aflição, ele pergunta ao irmão mais novo:

— Quantos ovos tinha mesmo, Timinho? Ocê lembra?

ROMANO, O. O ninho. In: Casos de Minas. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.

 

Esse texto pertence ao gênero textual caso ou “causo”, narrativa popular que tem o intuito de

  • a) contar histórias do universo infantil.
  • b) relatar fatos do cotidiano de maneira cômica.
  • c) retratar personagens típicos de uma região.
  • d) registrar hábitos de uma vida simples.
  • e) valorizar diálogos em família.
#84003
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(1,0) 10 - 

Simulado ENEM 6152  PORTUGUêS  QUESTAO 10

A imagem reproduz a instalação da paulista Lina Kim, apresentada na 25ª Bienal de São Paulo em março de 2002. Nessa obra, a artista se utiliza de elementos dispostos num determinado ambiente para propor que o observador reconheça o(a)

  • a) recusa à representação dos problemas sociais.
  • b) questionamento do que seja razão.
  • c) esgotamento das estéticas recentes.
  • d) processo de racionalização inerente à arte contemporânea.
  • e) ruptura estética com movimentos passados.
#84004
Banca
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(1,0) 11 - 

Reclame

 

 

se o mundo não vai bem

a seus olhos, use lentes ...

ou transforme o mundo.

ótica olho vivo

agradece a preferência.

CHACAL. Disponível em: www.escritas.org. Acesso em: 14 ago. 2014.

 

Os gêneros podem ser híbridos, mesclando características de diferentes composições textuais que circulam socialmente. Nesse poema, o autor preservou, do gênero publicitário, a seguinte característica:

Cores do Brasil

 

Ganhou nova versão, revista e ampliada, o livro lançado em 1988 pelo galerista Jacques Ardies, cuja proposta é ser publicação informativa sobre nomes do “movimento arte naïf do Brasil”, como define o autor. Trata-se de um caminho estético fundamental na arte brasileira, assegura Ardies. O termo em francês foi adotado por designar internacionalmente a produção que no Brasil é chamada de arte popular ou primitivismo, esclarece Ardies. O organizador do livro explica que a obra não tem a pretensão de ser um dicionário. “Falta muita gente. São muitos artistas”, observa. A nova edição veio da vontade de atualizar informações publicadas há 26 anos. Ela incluiu artistas em atividade atualmente e veteranos que ficaram de fora do primeiro livro. A arte naïf no Brasil 2 traz 79 autores de várias regiões do Brasil.

WALTER SEBASTIÃO. Estado de Minas, 17 jan. 2015 (adaptado).

 

O fragmento do texto jornalístico aborda o lançamento de um livro sobre arte naïf no Brasil. Na organização desse trecho predomina o uso da sequência

  • a) injuntiva, sugerida pelo destaque dado à fala do organizador do livro.
  • b) argumentativa, caracterizada pelo uso de adjetivos sobre o livro.
  • c) narrativa, construída pelo uso de discurso direto e indireto.
  • d) descritiva, formada com base em dados editoriais da obra.
  • e) expositiva, composta por informações sobre a arte naïf.
#84005
Banca
INEP
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Português
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(1,0) 12 - 

Ocorre que a grande obra nunca é apenas a tradução do engenho e arte do seu autor, seja este escritor, filósofo, cientista, pintor, músico, arquiteto, escultor, cineasta. Em geral, a grande obra é também, ou mesmo principalmente, a expressão do clima sociocultural, intelectual, científico, filosófico e artístico da época, conforme se expressa em alguma coletividade, grupo social, etnia, gênero ou povo.

IANNI, O. Variações sobre arte e ciência. Tempo Social, n. 1, jun. 2004.

 

O fragmento define o que é uma grande obra de arte. Como estratégia de construção do texto, o autor faz uso recorrente de

  • a) enumerações para sustentar o ponto de vista apresentado.
  • b) repetições para retificar as características do objeto descrito.
  • c) generalizações para sintetizar as ideias expostas.
  • d) adjetivações para descrever a obra caracterizada.
  • e) sinonímias para retomar as características da atividade autoral.
#84006
Banca
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(1,0) 13 - 

Qualquer que tivesse sido o seu trabalho anterior, ele o abandonara, mudara de profissão e passara pesadamente a ensinar no curso primário: era tudo o que sabíamos dele.

O professor era gordo, grande e silencioso, de ombros contraídos. Em vez de nó na garganta, tinha ombros contraídos. Usava paletó curto demais, óculos sem aro, com um fio de ouro encimando o nariz grosso e romano. E eu era atraída por ele. Não amor, mas atraída pelo seu silêncio e pela controlada impaciência que ele tinha em nos ensinar e que, ofendida, eu adivinhara. Passei a me comportar mal na sala. Falava muito alto, mexia com os colegas, interrompia a lição com piadinhas, até que ele dizia, vermelho:

— Cale-se ou expulso a senhora da sala.

Ferida, triunfante, eu respondia em desafio: pode me mandar! Ele não mandava, senão estaria me obedecendo. Mas eu o exasperava tanto que se tornara doloroso para mim ser objeto do ódio daquele homem que de certo modo eu amava. Não o amava como a mulher que eu seria um dia, amava-o como uma criança que tenta desastradamente proteger um adulto, com a cólera de quem ainda não foi covarde e vê um homem forte de ombros tão curvos.

LISPECTOR, C. Os desastres de Sofia. In: A legião estrangeira. São Paulo: Ática, 1997.

 

Entre os elementos constitutivos dos gêneros está a sua própria estrutura composicional, que pode apresentar um ou mais tipos textuais, considerando-se o objetivo do autor. Nesse fragmento, a sequência textual que caracteriza o gênero conto é a

  • a) expositiva, em que se apresentam as razões da atitude provocativa da aluna.
  • b) injuntiva, em que se busca demonstrar uma ordem dada pelo professor à aluna.
  • c) descritiva, em que se constrói a imagem do professor com base nos sentidos da narradora.
  • d) argumentativa, em que se defende a opinião da enunciadora sobre o personagem-professor.
  • e) narrativa, em que se contam fatos ocorridos com o professor e a aluna em certo tempo e lugar.
#84007
Banca
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(1,0) 14 - 

E fui mostrar ao ilustre hóspede [o governador do Estado] a serraria, o descaroçador e o estábulo. Expliquei em resumo a prensa, o dínamo, as serras e o banheiro carrapaticida. De repente supus que a escola poderia trazer a benevolência do governador para certos favores que eu tencionava solicitar.

— Pois sim senhor. Quando V. Exª. vier aqui outra vez, encontrará essa gente aprendendo cartilha.

RAMOS, G. São Bernardo. Rio de Janeiro: Record, 1991.

 

O fragmento do romance de Graciliano Ramos dialoga com o contexto da Primeira República no Brasil, ao focalizar o(a)

  • a) derrocada de práticas clientelistas.
  • b) declínio do antigo atraso socioeconômico.
  • c) liberalismo desapartado de favores do Estado.
  • d) fortalecimento de políticas públicas educacionais.
  • e) aliança entre a elite agrária e os dirigentes políticos.
#84008
Banca
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(1,0) 15 - 

TEXTO I

 

Também chamados impressões ou imagens fotogramáticas [...], os fotogramas são, numa definição genérica, imagens realizadas sem a utilização da câmera fotográfica, por contato direto de um objeto ou material com uma superfície fotossensível exposta a uma fonte de luz. Essa técnica, que nasceu junto com a fotografia e serviu de modelo a muitas discussões sobre a ontologia da imagem fotográfica, foi profundamente transformada pelos artistas da vanguarda, nas primeiras décadas do século XX. Representou mesmo, ao lado das colagens, fotomontagens e outros procedimentos técnicos, a incorporação definitiva da fotografia à arte moderna e seu distanciamento da representação figurativa.

COLUCCI, M. B. Impressões fotogramáticas e vanguardas: as experiências de Man Ray. Studium, n. 2, 2000.

 

Simulado ENEM 6152  PORTUGUêS  QUESTAO 15

No fotograma de Man Ray, o “distanciamento da representação figurativa” a que se refere o Texto I manifesta-se na

  • a) ressignificação do jogo de luz e sombra, nos moldes surrealistas.
  • b) imposição do acaso sobre a técnica, como crítica à arte realista.
  • c) composição experimental, fragmentada e de contornos difusos.
  • d) abstração radical, voltada para a própria linguagem fotográfica.
  • e) imitação de formas humanas, com base em diferentes objetos.