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Simulado ENEM - Linguagens, Códigos e suas Tecnologias | ENEM

Simulado ENEM - Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

OBJETIVOS

Aprimorar os conhecimentos adquiridos durante os seus estudos, de forma a avaliar a sua aprendizagem, utilizando para isso as metodologias e critérios idênticos aos maiores e melhores concursos públicos do país, através de simulados, provas e questões de concursos.

PÚBLICO ALVO

Candidatos e/ou concursandos, que almejam aprovação em concursos públicos de nível Médio do concurso ENEM.

SOBRE AS QUESTÕES

Este simulado contém questões da banca INEP, para nível Médio do cargo de Diversos. Auxiliando em sua aprovação no concurso público escolhido. Utilizamos provas de concursos anteriores, conforme editais mais recentes ENEM.

*Conteúdo Programático do Simulado de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Redação do concurso ENEM.

Língua Portuguesa

  • Nem todos os assuntos serão abordados neste simulado de prova e questões de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Redação.

#39778
Banca
INEP
Matéria
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias (ENEM)
Concurso
ENEM
Tipo
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difícil

(1,0) 1 - 

                   Romanos usavam redes sociais há dois mil anos, diz livro

 

      Ao tuitar ou comentar embaixo do post de um de seus vários amigos no Facebook, você provavelmente se sente privilegiado por viver em um tempo na história em que é possível alcançar de forma imediata uma vasta rede de contatos por meio de um simples clique no botão “enviar”. Você talvez também reflita sobre como as gerações passadas puderam viver sem mídias sociais, desprovidas da capacidade de verem e serem vistas, de receber, gerar e interagir com uma imensa carga de informações. Mas o que você talvez não saiba é que os seres humanos usam ferramentas de interação social há mais de dois mil anos. É o que afirma Tom Standage, autor do livro Writing on the Wall — Social Media, The first 2 000 Years (Escrevendo no mural — mídias sociais, os primeiros 2 mil anos, em tradução livre).

      Segundo Standage, Marco Túlio Cícero, filósofo e político romano, teria sido, junto com outros membros da elite romana, precursor do uso de redes sociais. O autor relata como Cícero usava um escravo, que posteriormente tornou-se seu escriba, para redigir mensagens em rolos de papiro que eram enviados a uma espécie de rede de contatos. Estas pessoas, por sua vez, copiavam seu texto, acrescentavam seus próprios comentários e repassavam adiante. “Hoje temos computadores e banda larga, mas os romanos tinham escravos e escribas que transmitiam suas mensagens”, disse Standage à BBC Brasil. “Membros da elite romana escreviam entre si constantemente, comentando sobre as últimas movimentações políticas e expressando opiniões.”

      Além do papiro, outra plataforma comumente utilizada pelos romanos era uma tábua de cera do tamanho e da forma de um tablet moderno, em que escreviam recados, perguntas ou transmitiam os principais pontos da acta diurna, um “jornal” exposto diariamente no Fórum de Roma. Essa tábua, o “iPad da Roma Antiga”, era levada por um mensageiro até o destinatário, que respondia embaixo da mensagem.

                         NIDECKER, F. Disponível em: www.bbc.co.uk. Acesso em: 7 nov. 2013 (adaptado).

 

Na reportagem, há uma comparação entre tecnologias de comunicação antigas e atuais. Quanto ao gênero mensagem, identifica-se como característica que perdura ao longo dos tempos o(a)

  • a) imediatismo das respostas.
  • b) compartilhamento de informações.
  • c) interferência direta de outros no texto original.
  • d) recorrência de seu uso entre membros da elite.
  • e) perfil social dos envolvidos na troca comunicativa.
#39779
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(1,0) 2 - 

      Garcia tinha-se chegado ao cadáver, levantara o lenço e contemplara por alguns instantes as feições defuntas. Depois, como se a morte espiritualizasse tudo, inclinou-se e beijou-a na testa. Foi nesse momento que Fortunato chegou à porta. Estacou assombrado; não podia ser o beijo da amizade, podia ser o epílogo de um livro adúltero [...].

      Entretanto, Garcia inclinou-se ainda para beijar outra vez o cadáver, mas então não pôde mais. O beijo rebentou em soluços, e os olhos não puderam conter as lágrimas, que vieram em borbotões, lágrimas de amor calado, e irremediável desespero. Fortunato, à porta, onde ficara, saboreou tranquilo essa explosão de dor moral que foi longa, muito longa, deliciosamente longa.

      ASSIS, M. A causa secreta. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 9 out. 2015.

 

No fragmento, o narrador adota um ponto de vista que acompanha a perspectiva de Fortunato. O que singulariza esse procedimento narrativo é o registro do(a) 

  • a) indignação face à suspeita do adultério da esposa.
  • b) tristeza compartilhada pela perda da mulher amada.
  • c) espanto diante da demonstração de afeto de Garcia. 
  • d) prazer da personagem em relação ao sofrimento alheio.
  • e) superação do ciúme pela comoção decorrente da morte.
#39780
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(1,0) 3 - 

      Mas assim que penetramos no universo da web, descobrimos que ele constitui não apenas um imenso “território” em expansão acelerada, mas que também oferece inúmeros “mapas”, filtros, seleções para ajudar o navegante a orientar-se. O melhor guia para a web é a própria web. Ainda que seja preciso ter a paciência de explorá-la. Ainda que seja preciso arriscar-se a ficar perdido, aceitar “a perda de tempo” para familiarizar-se com esta terra estranha. Talvez seja preciso ceder por um instante a seu aspecto lúdico para descobrir, no desvio de um link, os sites que mais se aproximam de nossos interesses profissionais ou de nossas paixões e que poderão, portanto, alimentar da melhor maneira possível nossa jornada pessoal.

                                                                            LÉVY, P Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999.

 

O usuário iniciante sente-se não raramente desorientado no oceano de informações e possibilidades disponíveis na rede mundial de computadores. Nesse sentido, Pierre Lévy destaca como um dos principais aspectos da internet o(a) 

  • a) espaço aberto para a aprendizagem.
  • b) grande número de ferramentas de pesquisa. 
  • c) ausência de mapas ou guias explicativos.
  • d) infinito número de páginas virtuais.
  • e) dificuldade de acesso aos sites de pesquisa.
#39781
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(1,0) 4 - 

TEXTO I

 

                          Terezinha de Jesus

                          De uma queda foi ao chão

                          Acudiu três cavalheiros

                          Todos os três de chapéu na mão

                          O primeiro foi seu pai

                          O segundo, seu irmão

                          O terceiro foi aquele

                          A quem Tereza deu a mão

BATISTA, M. F. B. M.; SANTOS, I. M. F. (Org.). Cancioneiro da Paraíba. João Pessoa: Grafset, 1993 (adaptado).

 

TEXTO II

 

      Outra interpretação é feita a partir das condições sociais daquele tempo. Para a ama e para a criança para quem cantava a cantiga, a música falava do casamento como um destino natural na vida da mulher, na sociedade brasileira do século XIX, marcada pelo patriarcalismo. A música prepara a moça para o seu destino não apenas inexorável, mas desejável: o casamento, estabelecendo uma hierarquia de obediência (pai, irmão mais velho, marido), de acordo com a época e circunstâncias de sua vida.

Disponível em: http://provsjose.blogspot.com.br. Acesso em: 5 dez. 2012.

 

O comentário do Texto II sobre o Texto I evoca a mobilização da língua oral que, em determinados contextos,

  • a) assegura a existência de pensamentos contrários à ordem vigente.
  • b) mantém a heterogeneidade das formas de relações sociais.
  • c) conserva a influência religiosa sobre certas culturas. 
  • d) preserva a diversidade cultural e comportamental.
  • e) reforça comportamentos e padrões culturais.
#39782
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(1,0) 5 - 

      Essas moças tinham o vezo de afirmar o contrário do que desejavam. Notei a singularidade quando principiaram a elogiar o meu paletó cor de macaco. Examinavam-no sérias, achavam o pano e os aviamentos de qualidade superior, o feitio admirável. Envaideci-me: nunca havia reparado em tais vantagens. Mas os gabos se prolongaram, trouxeram-me desconfiança. Percebi afinal que elas zombavam e não me susceptibilizei. Longe disso: achei curiosa aquela maneira de falar pelo avesso, diferente das grosserias a que me habituara. Em geral me diziam com franqueza que a roupa não me assentava no corpo, sobrava nos sovacos.

                                                                             RAMOS, G. Infância. Rio de Janeiro: Record, 1994.

 

Por meio de recursos linguísticos, os textos mobilizam estratégias para introduzir e retomar ideias, promovendo a progressão do tema. No fragmento transcrito, um novo aspecto do tema é introduzido pela expressão

  • a) “a singularidade”.
  • b) “tais vantagens”.
  • c) “os gabos”.
  • d) “Longe disso”.
  • e) “Em geral”.
#39783
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(1,0) 6 - 

                              

 

O consumidor do século XXI, chamado de novo consumidor social, tende a se comportar de modo diferente do consumidor tradicional. Pela associação das características apresentadas no diagrama, infere-se que esse novo consumidor sofre influência da

  • a) cultura do comércio eletrônico.
  • b) busca constante pelo menor preço.
  • c) divulgação de informações pelas empresas. 
  • d) necessidade recorrente de consumo.
  • e) postura comum aos consumidores tradicionais. 
#39784
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(1,0) 7 - 

                                     A língua tupi no Brasil

 

      Há 300 anos, morar na vila de São Paulo de Piratininga (peixe seco, em tupi) era quase sinônimo de falar língua de índio. Em cada cinco habitantes da cidade, só dois conheciam o português. Por isso, em 1698, o governador da província, Artur de Sá e Meneses, implorou a Portugal que só mandasse padres que soubessem “a língua geral dos índios”, pois “aquela gente não se explica em outro idioma”.

      Derivado do dialeto de São Vicente, o tupi de São Paulo se desenvolveu e se espalhou no século XVII, graças ao isolamento geográfico da cidade e à atividade pouco cristã dos mamelucos paulistas: as bandeiras, expedições ao sertão em busca de escravos índios. Muitos bandeirantes nem sequer falavam o português ou se expressavam mal. Domingos Jorge Velho, o paulista que destruiu o Quilombo dos Palmares em 1694, foi descrito pelo bispo de Pernambuco como “um bárbaro que nem falar sabe”. Em suas andanças, essa gente batizou lugares como Avanhandava (lugar onde o índio corre), Pindamonhangaba (lugar de fazer anzol) e Itu (cachoeira). E acabou inventando uma nova língua.

      “Os escravos dos bandeirantes vinham de mais de 100 tribos diferentes”, conta o historiador e antropólogo John Monteiro, da Universidade Estadual de Campinas. “Isso mudou o tupi paulista, que, além da influência do português, ainda recebia palavras de outros idiomas.” O resultado da mistura ficou conhecido como língua geral do sul, uma espécie de tupi facilitado.

               ÂNGELO, C. Disponível em: http://super.abril.com.br. Acesso em: 8 ago. 2012 (adaptado).

 

O texto trata de aspectos sócio-históricos da formação linguística nacional. Quanto ao papel do tupi na formação do português brasileiro, depreende-se que essa língua indígena

  • a) contribuiu efetivamente para o léxico, com nomes relativos aos traços característicos dos lugares designados.
  • b) originou o português falado em São Paulo no século XVII, em cuja base gramatical também está a fala de variadas etnias indígenas.
  • c) desenvolveu-se sob influência dos trabalhos de catequese dos padres portugueses, vindos de Lisboa. 
  • d) misturou-se aos falares africanos, em razão das interações entre portugueses e negros nas investidas contra o Quilombo dos Palmares.
  • e) expandiu-se paralelamente ao português falado pelo colonizador, e juntos originaram a língua dos bandeirantes paulistas.
#39785
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(1,0) 8 - 

                                O farrista

 

                     Quando o almirante Cabral

                      Pôs as patas no Brasil

                      O anjo da guarda dos índios

                      Estava passeando em Paris.

                      Quando ele voltou de viagem

                      O holandês já está aqui.

                      O anjo respira alegre:

                      “Não faz mal, isto é boa gente,

                      Vou arejar outra vez.”

                      O anjo transpôs a barra,

                      Diz adeus a Pernambuco,

                      Faz barulho, vuco-vuco,

                      Tal e qual o zepelim

                      Mas deu um vento no anjo,

                      Ele perdeu a memória...

                      E não voltou nunca mais.

                                    MENDES, M. História do Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1992.

 

A obra de Murilo Mendes situa-se na fase inicial do Modernismo, cujas propostas estéticas transparecem, no poema, por um eu lírico que 

  • a) configura um ideal de nacionalidade pela integração regional.
  • b) remonta ao colonialismo assente sob um viés iconoclasta.
  • c) repercute as manifestações do sincretismo religioso.
  • d) descreve a gênese da formação do povo brasileiro.
  • e) promove inovações no repertório linguístico.
#39786
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(1,0) 9 - 

      PROPAGANDA — O exame dos textos e mensagens de Propaganda revela que ela apresenta posições parciais, que refletem apenas o pensamento de uma minoria, como se exprimissem, em vez disso, a convicção de uma população; trata-se, no fundo, de convencer o ouvinte ou o leitor de que, em termos de opinião, está fora do caminho certo, e de induzi-lo a aderir às teses que lhes são apresentadas, por um mecanismo bem conhecido da psicologia social, o do conformismo induzido por pressões do grupo sobre o indivíduo isolado.

BOBBIO, N.; MATTEUCCI, N.; PASQUINO, G. Dicionário de política. Brasília: UnB, 1998 (adaptado).

 

De acordo com o texto, as estratégias argumentativas e o uso da linguagem na produção da propaganda favorecem a

  • a) reflexão da sociedade sobre os produtos anunciados. 
  • b) difusão do pensamento e das preferências das grandes massas. 
  • c) imposição das idéias e posições de grupos específicos. 
  • d) decisão consciente do consumidor a respeito de sua compra. 
  • e) identificação dos interesses do responsável pelo produto divulgado.
#39787
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(1,0) 10 - 

                           Sítio Gerimum

                           Este é o meu lugar [...]

                           Meu Gerimum é com g

                           Você pode ter estranhado

                           Gerimum em abundância

                           Aqui era plantado

                           E com a letra g

                           Meu lugar foi registrado.

                                           OLIVEIRA, H. D. Língua Portuguesa, n. 88, fev. 2013 (fragmento).

 

Nos versos de um menino de 12 anos, o emprego da palavra “Gerimum” grafada com a letra “g” tem por objetivo

  • a) valorizar usos informais caracterizadores da norma nacional.
  • b) confirmar o uso da norma-padrão em contexto da linguagem poética.
  • c) enfatizar um processo recorrente na transformação da língua portuguesa.
  • d) registrar a diversidade étnica e linguística presente no território brasileiro.
  • e) reafirmar discursivamente a forte relação do falante com seu lugar de origem.