(1,0)
Pode-se afirmar sobre o poema de Ribeiro Couto que
LITANIA DOS POBRESOs miseráveis, os rotossão as flores dos esgotos.São espectros implacáveisos rotos, os miseráveis.São prantos negros de furnascaladas, mudas, soturnas.São os grandes visionários dosabismos tumultuários.As sombras das sombras mortas,cegos, a tatear nas portas.Procurando o céu, aflitose varando o céu de gritos.Faróis à noite apagadospor ventos desesperados.Inúteis, cansados braçospedindo amor aos Espaços.Mãos inquietas, estendidasao vão deserto das vidas.Figuras que o Santo Ofíciocondena a feroz suplício.Arcas soltas ao nevoentodilúvio do Esquecimento.Perdidas na correntezadas culpas da Natureza.(...)(CRUZ E SOUSA, Os melhores poemas de Cruz e Sousa, p.89)Analise as afirmações sobre o poema “Litania dos pobres”, de Cruz e Sousa e, em seguida, assinale as verdadeiras (V) e as falsas (F).( ) O poema é composto por dísticos rimados que lhe conferem musicalidade – característica comum do Simbolismo.( ) A temática central gira em torno da denúncia social, muito comum entre os simbolistas que se preocupavam demasiadamente com as questões sociais.( ) Ele possui alto poder sugestivo, trazendo, através de adjetivos, qualificadores para definir os miseráveis.( ) Apresenta várias características típicas do Simbolismo como a subjetividade, o universalismo e a racionalidade.A sequência correta é:
LITANIA DOS POBRESOs miseráveis, os rotossão as flores dos esgotos.São espectros implacáveisos rotos, os miseráveis.São prantos negros de furnascaladas, mudas, soturnas.São os grandes visionários dosabismos tumultuários.As sombras das sombras mortas,cegos, a tatear nas portas.Procurando o céu, aflitose varando o céu de gritos.Faróis à noite apagadospor ventos desesperados.Inúteis, cansados braçospedindo amor aos Espaços.Mãos inquietas, estendidasao vão deserto das vidas.Figuras que o Santo Ofíciocondena a feroz suplício.Arcas soltas ao nevoentodilúvio do Esquecimento.Perdidas na correntezadas culpas da Natureza.(...)(CRUZ E SOUSA, Os melhores poemas de Cruz e Sousa, p.89)Julgue verdadeiras (V) ou falsas (F) as assertivas acerca da relação entre os aspectos expressivos, gramaticais e semânticos do fragmento do poema:( ) Na expressão “prantos negros” (v.5), o poeta lança mão de uma figura de linguagem denominada sinestesia.( ) O substantivo “céu”, na sexta estrofe, tem seu sentido modificado em função dos verbos que o acompanham.( ) O substantivo próprio “Espaços”, na oitava estrofe, evoca um ser superior a quem se dirige a súplica justificada pelo título do poema.( ) A unidade de sentido do poema é perturbada pelo fenômeno da elipse, cujo referente não é recuperado no próprio texto.A sequência correta é:
LITANIA DOS POBRESOs miseráveis, os rotossão as flores dos esgotos.São espectros implacáveisos rotos, os miseráveis.São prantos negros de furnascaladas, mudas, soturnas.São os grandes visionários dosabismos tumultuários.As sombras das sombras mortas,cegos, a tatear nas portas.Procurando o céu, aflitose varando o céu de gritos.Faróis à noite apagadospor ventos desesperados.Inúteis, cansados braçospedindo amor aos Espaços.Mãos inquietas, estendidasao vão deserto das vidas.Figuras que o Santo Ofíciocondena a feroz suplício.Arcas soltas ao nevoentodilúvio do Esquecimento.Perdidas na correntezadas culpas da Natureza.(...)(CRUZ E SOUSA, Os melhores poemas de Cruz e Sousa, p.89)Julgue corretas (C) ou erradas (E) as assertivas que comparam o poema “Litania dos Pobres”, de Cruz e Sousa, com a charge que segue:
( ) A charge confirma a condição humana de visionário miserável ilustrada no poema.( ) A temática da charge nega a condição divina como suporte salvador da condição de pobreza desenhada no poema.( ) O poema revela a incredulidade do pobre que tudo pode obter com a fé divina, reforçada na charge.( ) A charge e o poema são gêneros intrinsecamente diferentes e, portanto, não se complementam em termos de temática, não podem, pois, ser comparados.A sequência correta é:
Marque a alternativa que traz as afirmações corretas acerca das narrativas “O homem que espalhou o deserto”, de Ignácio de Loyola Brandão, e “Ele e suas ideias”, de Lima Barreto”, ambas contidas no livro Contos brasileiros I (Para gostar de ler – vol. 8).I) Nas duas narrativas, percebe-se que a função do narrador é meramente de contar a história, não interferindo e nem tampouco julgando os personagens.II) Ambos os personagens conseguem progredir na vida por causa das suas grandes ideias.III) Quanto ao personagem de “O homem que espalhou o deserto”, verifica-se que seu isolamento e o protecionismo da mãe são fatores que corroboram para suas ações.IV) Em relação ao personagem central do conto “Ele e suas ideias”, observa-se que, apesar de ele ter ideias altruístas, era desacreditado por muitas pessoas.Está(ão) correta(s):
Assinale o fragmento que evidencia a mudança de atividade da condição de hobby/lazer para a formalidade profissional do personagem retratado em “O homem que espalhou o deserto”, de Ignácio de Loyola Brandão.
Com base no fragmento em destaque, do conto “Ele e suas ideias”, de Lima Barreto, julgue como verdadeiras (V) ou falsas (F) as assertivas sobre a temática, a pontuação e o sentido das formas gramaticais.“Para levar os dias a destilar ideias, ele tinha que passar as noites a pensar. Creio que dormia pouco: todo ele se encontrava em função de ter ideias. E era pródigo, e era generoso, e era desperdiçado: pensava, tinha ideias e dava aos outros.” (p. 63)( ) A manifestação do eu-lírico objetiva explicar a origem das ideias do personagem.( ) As duas ocorrências do uso dos dois pontos demarcam funções semelhantes: ambas servem para explicar o termo que os antecede.( ) A ação rotineira da personagem é marcada por uma continuidade indefinida, justificada pela alternância do infinitivo e do pretérito imperfeito, presentes no texto.( ) Os termos “pouco” e “todo” funcionam como pronomes e sugerem oposição de ações entre narrador e personagem.
Julgue como corretas (C) ou erradas (E) as afirmações sobre a narrativa “Doutor por correspondência”, de Marcos Rey, presente na obra Contos brasileiros I (Para gostar de ler – vol. 8).( ) A narrativa apresenta um narrador-testemunha que, por não ser o protagonista, exime-se de emitir qualquer opinião ou de fazer algum julgamento de valor.( ) A ironia está presente tanto no discurso do narrador quanto no desfecho da história – Emílio adquire um diploma falso de curso superior.( ) O texto traz como temática principal a denúncia contra as instituições públicas de ensino.( ) Emílio, personagem principal, busca de todas as formas enganar as pessoas, inclusive da própria família, para enriquecer cada vez mais.Assinale a sequência correta:
As três estrofes, a seguir, constituem um excerto do poema Crianças Negras, de Cruz e Sousa:As pequeninas, tristes criaturas ei-las, caminham por desertos vagos, sob o aguilhão de todas as torturas, na sede atroz de todos os afagos.Vai, coração! Na imensa cordilheira da Dor, florindo como um loiro fruto, partindo toda a horrível gargalheira da chorosa falange cor do luto.As crianças negras, vermes da matéria, colhidas do suplício à estranha rede, arranca-as do presídio da miséria e com teu sangue mata-lhes a sede!Sobre o uso de pronomes e seu funcionamento sintático, nessas estrofes, é CORRETO afirmar:
I) A partir do título, já se percebe que a temática central do poema gira em torno da passagem do tempo, delimitada por horas e por dias.II) Através da função metalinguística, do uso do advérbio e das reticências, observa-se que o eu lírico reflete poeticamente sobre a efemeridade da vida.III) Há um desejo do eu lírico de poder voltar o tempo e de fazer tudo diferente.IV) Nos cinco versos finais, como em outros poemas de Esconderijos do tempo, há um desejo de viver o instante de modo mais livre e significativo.
Em relação à obra O judas em sábado de aleluia, de Martins Pena, é correto afirmar que
Saussure, considerado o pai da Linguística moderna, estabeleceu algumas dicotomias para nortear os estudos linguísticos, como a do signo linguístico, constituído por significante e significado (partes indissociáveis).
Desse modo, o significante /atrepe’katilu/ não constitui um signo porque não existe um significado com ele relacionado.
O estruturalismo americano, desenvolvido por Bloomfield, apresentava uma perspectiva diferente de análise linguística proposta pelo estruturalismo europeu, centrando-se mais na análise da palavra vinculada ao contexto e às relações de significado.
A Sociolinguística, uma área desenvolvida dentro da Linguística, propõe a análise dos fenômenos linguísticos, unindo a descrição linguística aos fatos sociais, de forma que toda e qualquer explicação de um fenômeno linguístico deve estar ligada a algum fato social, como faixa etária, escolaridade, localização geográfica, dentre outros.
Na Bahia, diz-se: Hoje vai ter farra. No Rio Grande do Sul, diz-se: Hoje vai ter fuzarca.Nos dois casos, há uma variação linguística, ou seja, o uso de formas diferentes para expressar o mesmo significado.
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