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A globalização é um fenômeno puramente econômico-financeiro, fundamentado no alcance mundial do mercado, que aumentou os fluxos comerciais entre países e blocos de países.
Um dos fatores que impulsionam o fluxo de capitais é o desenvolvimento tecnológico, o qual também promove o crescimento da produção industrial.
O dinamismo da economia, instaurado a partir do processo de globalização e evidenciado pelo aumento da produção industrial, teve como vantagem o aumento jamais visto da demanda por mão-de-obra e, portanto, o pleno emprego nos países ricos.
A globalização econômica produziu a segmentação do espaço econômico mundial, expressa por meio da formação de blocos econômicos regionais como o MERCOSUL.
Barreiras não-alfandegárias são exemplos de barreiras estabelecidas por blocos de países, por meio das quais as questões ambientais, sanitárias e sociais assumem importância estratégica no comércio dos países exportadores.
Com o desenvolvimento da tecnologia da informação, um dos vetores da globalização, aumentam também as possibilidades de expansão das atividades do crime organizado, como o terrorismo, as máfias e o tráfico de drogas ilícitas.
O mercado é a instituição central do processo de globalização. Um dado fundamental é a evidência de que o mercado se tornou mundial. Isso não quer dizer que tombaram os muros das fronteiras nacionais ou dos protecionismos, mas que nunca tantos produtos cruzaram oceanos e continentes. As barreiras estabelecidas pelos blocos nacionais ou pelos acordos comerciais visam mais normatizar a competição em favor dos interesses comerciais particulares de cada país do que bloquear essa circulação. É, pois, no mercado e nas expectativas de consumo que ele propicia que se materialize a globalização. Iná E. Castro. Bertrand do Brasil, 2006, p. 233 (com adaptações). Tendo em vista o tema da globalização, tratado no texto acima, julgue os itens a seguir. Em relação ao Brasil, o processo de globalização diminuiu a concorrência entre produtos agrícolas no mercado internacional, o que impulsionou a modernização da agricultura no país.
Fatores que são apresentados como impulsionadores do declínio do Estado e da soberania, como o terrorismo internacional, o crime organizado, o narcotráfico e a ameaça de espionagem, são igualmente responsáveis pela ampliação e expansão de estruturas de inteligência sob comando estatal em quase todo o mundo.
Nos Estados democráticos, cresce a demanda pela formação e implementação de políticas governamentais voltadas para os controles e supervisões dos serviços de inteligência.
Para garantir a segurança do Estado, não importa o regime político, devendo a eficiência e a eficácia dos serviços de inteligência sobre matérias relevantes, como o terrorismo internacional, prevalecer sobre o princípio da transparência.
A globalização econômica trouxe consigo a possibilidade de aumento da interação entre os processos produtivos e o consumo, mas também a presença estratégica de grandes empresas globais vinculadas, direta ou indiretamente, ao aparelho político e estratégico de Estados nacionais que utilizam a internacionalização para a realização de seus interesses nacionais e para reforçar suas capacidades decisórias.
A permeabilidade das fronteiras, as modificações operadas pela globalização e a porosidade das relações entre economia internacional e Estado nacional geraram novos desafios para a defesa e a segurança do Estado. A respeito desse tema, julgue os itens a seguir. Os serviços históricos prestados na segunda metade do século XX e no início deste século, bem como a segurança institucional de estruturas organizacionais como CIA, KGB e Mossad, são amplamente reconhecidos, dada a confiança que os cidadãos de seus respectivos países e do mundo depositam em tais corporações.
Legislações draconianas, como as que vêm sendo adotadas pela União Européia, expõem, por um lado, a noção de que a função histórica da grande imigração de africanos e asiáticos para o trabalho nas indústrias européias do pós-guerra perdeu função histórica e, por outro, que a reciprocidade internacional em relação à América Latina, formada em parte por imensas levas de desterrados europeus, perdeu valor de direito internacional ante o realismo político dos interesses nacionais e comunitários europeus.
A criminalização crescente das migrações econômicas e sociais denota que o direito de ir e vir da pessoa faz-se subalterno ao privilégio universal da livre circulação dos capitais.
As migrações internacionais, amenizadas no continente africano diante do fim do ciclo belicoso interno das últimas décadas do século XX, deixou de ser um tema relevante das relações interestatais afro-européias.
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