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Concurso: Polícia Militar-MS x
#25008
Concurso
Polícia Militar-MS
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Soldado da Polícia Militar
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Português
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(1,0)

Os trechos a seguir constituem um texto adaptado de O Estado de S. Paulo, de 29/7/2010. Assinale a opção em que na transcrição do trecho foram inseridos erros gramaticais.

#25007
Concurso
Polícia Militar-MS
Cargo
Soldado da Polícia Militar
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. Bancas Diversas
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Português
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(1,0)

Os trechos abaixo constituem um texto adaptado de O Estado de S. Paulo, de 26/7/2010. Assinale a opção em que o trecho foi transcrito de forma gramaticalmente correta.

#25006
Concurso
Polícia Militar-MS
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Soldado da Polícia Militar
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Português
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médio

(1,0)

Assinale a opção que corresponde a erro gramatical inserido no texto.

 

 Queiram governantes ou não, há temas que se 

impõe(1) às agendas dos países, sob o risco de 

haver crises abissais(2). Por exemplo, se não forem 

feitos ajustes periódicos nas regras previdenciárias, 

para adaptá-las(3) ao novo per? l demográ? co da 

população, cuja tendência é o envelhecimento, as 

contas públicas serão tragadas por aposentadorias 

e pensões. A regra vale para o mundo, não se 

trata(4) de algum peculiar desvio de caráter deste 

ou daquele governo. Reformas como esta são 

politicamente difíceis, e por isso (5) costumam ser 

feitas em momentos especiais, nas crises ou quando 

chega ao poder alguém com visão de prazo mais 

longo e disposto a arriscar a popularidade em troca 

do lançamento de bases mais sólidas para o país.

 

(O Globo, 27/7/2010, com adaptações)

#25005
Concurso
Polícia Militar-MS
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Soldado da Polícia Militar
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(1,0)

Assinale a opção que corresponde a erro gramatical na transcrição do texto abaixo.

 

A socialização global depende da veiculação e 

adoção de símbolos nacionais e internacionais, ou 

seja, de objetos que possam ser(1) reconhecidos 

e aceitos(2) por todas as culturas mundiais; e é a 

modernização técnico-cientí? ca destas sociedades, 

cristalizada em mercadorias palatáveis, o que 

supostamente vai garantir(3) a inserção do sujeito 

local em uma realidade universal. Em outros termos, 

a ? m de serem considerados(4) efetivos cidadãos 

globais, estes indivíduos devem ser capazes de 

produzir e se consumirem(5) os símbolos culturais 

globais que se coisi? cam em alimentos, roupas, 

calçados, brinquedos, instrumentos de trabalho, de 

lazer e outros.

 

(Deise N. de C. Mesquita & Heloísa A. B. de Melo, Sociedade global, Englishes e bilinguismo Glocal. Polifonia, vol. 13, p. 50, com adaptações)

#25004
Concurso
Polícia Militar-MS
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(1,0)

Na transcrição do fragmento de texto abaixo, foram desrespeitadas regras gramaticais da língua 

portuguesa. Assinale a opção em que a gra? a de palavra ou o uso de estrutura linguística está 

incorreto.

 

A intensa migração, o encarecimento dos terrenos 

centrais, mais bem(A) situados, e demais fatores 

criaram incentivos para a con? guração espacial 

das nossas metrópoles: as classes de menor 

poder aquisitivo acabam por se concentrar(B) 

nas periferias. Lá os preços dos terrenos são 

menores, compensando a baixa acessibilidade e a 

insu? ciência(C) de infraestrutura. Ou seja, a classe 

com menores condições reside distante dos locais 

de emprego, consumo e entretenimento. Além disso, 

essa classe depende de transporte público pouco 

e? ciente e de baixa qualidade, pois este não foi 

priorizado ao longo de décadas. Mais ainda, quando 

membros dessa classe conseguem obterem(D) 

crescimento de renda e acesso a(E) crédito, 

desprivilegiados que são em sua mobilidade, têm 

como principal impulso a aquisição de automóveis. 

Isso, por sua vez, somente agrava ainda mais 

o quadro de engarrafamentos em massa das 

metrópoles.

 

(Adaptado de Vladimir Fernandes Maciel, Problemas e desa? os do transporte público urbano. http://www.pucrs.br)

#25003
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Polícia Militar-MS
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(1,0)

(Adaptada) Assinale a opção que, ao preencher a lacuna, provoca erro gramatical no texto abaixo.

 

O transporte público ideal é aquele ___(A)___você 

tenha as prioridades, ___(B)___ possa ter uma 

hierarquia. Como, por exemplo, o transporte ___

(C)___carrega um maior número de pessoas ter 

uma via exclusiva para ele. Em seguida, seria criada 

uma hierarquia até chegar ao pedestre, ___(D)___o 

carro passa por uma via especí? ca e a gente vai 

tendo uma valorização de espaços. A partir daí a 

gente vai gerar e? ciência no transporte público e 

com essa e? ciência a gente vai convidar as pessoas 

para ___(E)___ utilizem o transporte público. 

 

(Adaptado de Diogo Pires Ferreira, mestre em planejamento urbano, em http://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2012/08/veja-o-papel-dasprefeituras-quanto-aos-problemas-do-transporte-coletivo.html, acesso em 4/12/2012)

#25002
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médio

(1,0)

O problema dos engarrafamentos não é nem 

o número de carros, mas o de viagens e sua 

distância. Se dez carros fazem uma viagem de um 

quilômetro, eles geram o mesmo volume de um 

carro que percorre 10. A maneira mais elementar 

de coibir o volume de carros é a restrição ao 

estacionamento. Em todas as constituições do 

mundo, inclusive na brasileira, há muitos direitos, 

mas em nenhuma delas está previsto o direito 

ao estacionamento. Então não é um direito 

constitucional. Não há nada legal que exija que 

os governantes doem esse espaço da rua a quem 

tem carro. Esse espaço é de todos, das crianças, 

dos idosos, de quem não tem carro. Então a 

sociedade pode decidir que aquele espaço pode 

ser utilizado de outra forma.

 

(Adaptado da entrevista de Enrique Peñalosa, urbanista e ex-prefeito de Bogotá, a Ricardo Ampudia. Vida Simples, setembro 2012, edição 122)

Preservam-se a coerência de sentidos e a correção gramatical do texto com a retirada de

#25001
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(1,0)

Assinale a opção que completa corretamente a sequência de lacunas no texto abaixo.

 

Não é ruim ter um carro. Não sou inimigo do carro. 

Eles são maravilhosos para viajar, sair ____ noite. 

Mas ____ um con? ito terrível pelo espaço da cidade 

que causa um dano ____ qualidade de vida. Se 

querem ter um carro, tudo bem, mas para tê-lo 

deveriam pagar muitos impostos pelo uso, não pela 

sua posse. Como cobrar pelo uso? Com pedágios, 

impostos sobre a gasolina, estacionamentos. ____ 

mobilidade e os engarrafamentos são dois problemas 

distintos que se resolvem de maneiras distintas. 

 

(Adaptado da entrevista de Enrique Peñalosa, urbanista e ex-prefeito de Bogotá, a Ricardo Ampudia. Vida Simples, setembro 2012, edição 122)

#25000
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(1,0)

Assistir à televisão era algo especial, a começar pelo 

manuseio do aparelho. Frequentemente apenas uma pessoa ?

no geral, um adulto ? era competente para ligá-lo e regular a 

imagem. As crianças constituíam, desde o início, um segmento 

importante do público, mas ainda lhes era imposta certa distância do aparelho.

 

Introduzida nos lares, a televisão concedia prestígio social à família.

Mais que isso: a casa se tornava um centro de atração e convivência

para a vizinhança. Por isso, o público alvo incluía os televizinhos.

 

Havia ainda um misto de respeito e estranhamento diante da caixa

mágica e de seus mistérios. A posse do objeto que traz as imagens

para dentro de casa significava uma postura “moderna”, uma atitude

desinibida diante da nova tecnologia.

 

Antes do videoteipe (VT), a teledramaturgia transportava uma carga

de emoção que era única,semelhante à tensão típica de um espetáculo

teatral. O público recebia inconscientemente essa carga e participava

de algum modo dela. Se para Aracy Cardoso o uso do VT permite sobretudo

ao ator se ver e corrigir a interpretação, Roberto de Cleto enfatiza que a

introdução do vídeo teipe prejudicou a interpretação: perdia-se uma certa

eletricidade que emanava da interpretação ao vivo. A energia que vibrava

da vontade “de se fazer bem e certo, ao vivo” não estava mais presente.

 

As cartas dos leitores de revistas especializadas da época revelam que o

público se propunha a participar ativamente no desenvolvimento do

novo meio. Ele exercia a crítica com a intenção de modificar o que lhe

era apresentado: a programação, a escolha dos atores, a composição dos cenários.

 

 

(Adaptado de Marta Maria Klagsbrunn. “A telenovela ao vivo”.Sujeito, o lado oculto do receptor. S.Paulo: Brasiliense, 1995, p. 94-95)

Considerados os necessários ajustes, a substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente foi realizada de modo correto em:

#24999
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(1,0)

Assistir à televisão era algo especial, a começar pelo 

manuseio do aparelho. Frequentemente apenas uma pessoa ?

no geral, um adulto ? era competente para ligá-lo e regular a 

imagem. As crianças constituíam, desde o início, um segmento 

importante do público, mas ainda lhes era imposta certa distância do aparelho.

 

Introduzida nos lares, a televisão concedia prestígio social à família.

Mais que isso: a casa se tornava um centro de atração e convivência

para a vizinhança. Por isso, o público alvo incluía os televizinhos.

 

Havia ainda um misto de respeito e estranhamento diante da caixa

mágica e de seus mistérios. A posse do objeto que traz as imagens

para dentro de casa significava uma postura “moderna”, uma atitude

desinibida diante da nova tecnologia.

 

Antes do videoteipe (VT), a teledramaturgia transportava uma carga

de emoção que era única,semelhante à tensão típica de um espetáculo

teatral. O público recebia inconscientemente essa carga e participava

de algum modo dela. Se para Aracy Cardoso o uso do VT permite sobretudo

ao ator se ver e corrigir a interpretação, Roberto de Cleto enfatiza que a

introdução do vídeo teipe prejudicou a interpretação: perdia-se uma certa

eletricidade que emanava da interpretação ao vivo. A energia que vibrava

da vontade “de se fazer bem e certo, ao vivo” não estava mais presente.

 

As cartas dos leitores de revistas especializadas da época revelam que o

público se propunha a participar ativamente no desenvolvimento do

novo meio. Ele exercia a crítica com a intenção de modificar o que lhe

era apresentado: a programação, a escolha dos atores, a composição dos cenários.

 

 

(Adaptado de Marta Maria Klagsbrunn. “A telenovela ao vivo”.Sujeito, o lado oculto do receptor. S.Paulo: Brasiliense, 1995, p. 94-95)

Introduzida nos lares, a televisão concedia prestígio social à família

Mantém-se corretamente a crase empregada na frase acima caso o elemento sublinhado seja substituído por:

#24998
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Polícia Militar-MS
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(1,0)

Assistir à televisão era algo especial, a começar pelo 

manuseio do aparelho. Frequentemente apenas uma pessoa ?

no geral, um adulto ? era competente para ligá-lo e regular a 

imagem. As crianças constituíam, desde o início, um segmento 

importante do público, mas ainda lhes era imposta certa distância do aparelho.

 

Introduzida nos lares, a televisão concedia prestígio social à família.

Mais que isso: a casa se tornava um centro de atração e convivência

para a vizinhança. Por isso, o público alvo incluía os televizinhos.

 

Havia ainda um misto de respeito e estranhamento diante da caixa

mágica e de seus mistérios. A posse do objeto que traz as imagens

para dentro de casa significava uma postura “moderna”, uma atitude

desinibida diante da nova tecnologia.

 

Antes do videoteipe (VT), a teledramaturgia transportava uma carga

de emoção que era única,semelhante à tensão típica de um espetáculo

teatral. O público recebia inconscientemente essa carga e participava

de algum modo dela. Se para Aracy Cardoso o uso do VT permite sobretudo

ao ator se ver e corrigir a interpretação, Roberto de Cleto enfatiza que a

introdução do vídeo teipe prejudicou a interpretação: perdia-se uma certa

eletricidade que emanava da interpretação ao vivo. A energia que vibrava

da vontade “de se fazer bem e certo, ao vivo” não estava mais presente.

 

As cartas dos leitores de revistas especializadas da época revelam que o

público se propunha a participar ativamente no desenvolvimento do

novo meio. Ele exercia a crítica com a intenção de modificar o que lhe

era apresentado: a programação, a escolha dos atores, a composição dos cenários.

 

 

(Adaptado de Marta Maria Klagsbrunn. “A telenovela ao vivo”.Sujeito, o lado oculto do receptor. S.Paulo: Brasiliense, 1995, p. 94-95)

No quarto parágrafo, são confrontadas duas posições opostas sobre o surgimento do videoteipe, que podem ser assim sintetizadas:

#24997
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(1,0)

Assistir à televisão era algo especial, a começar pelo 

manuseio do aparelho. Frequentemente apenas uma pessoa ?

no geral, um adulto ? era competente para ligá-lo e regular a 

imagem. As crianças constituíam, desde o início, um segmento 

importante do público, mas ainda lhes era imposta certa distância do aparelho.

 

Introduzida nos lares, a televisão concedia prestígio social à família.

Mais que isso: a casa se tornava um centro de atração e convivência

para a vizinhança. Por isso, o público alvo incluía os televizinhos.

 

Havia ainda um misto de respeito e estranhamento diante da caixa

mágica e de seus mistérios. A posse do objeto que traz as imagens

para dentro de casa significava uma postura “moderna”, uma atitude

desinibida diante da nova tecnologia.

 

Antes do videoteipe (VT), a teledramaturgia transportava uma carga

de emoção que era única,semelhante à tensão típica de um espetáculo

teatral. O público recebia inconscientemente essa carga e participava

de algum modo dela. Se para Aracy Cardoso o uso do VT permite sobretudo

ao ator se ver e corrigir a interpretação, Roberto de Cleto enfatiza que a

introdução do vídeo teipe prejudicou a interpretação: perdia-se uma certa

eletricidade que emanava da interpretação ao vivo. A energia que vibrava

da vontade “de se fazer bem e certo, ao vivo” não estava mais presente.

 

As cartas dos leitores de revistas especializadas da época revelam que o

público se propunha a participar ativamente no desenvolvimento do

novo meio. Ele exercia a crítica com a intenção de modificar o que lhe

era apresentado: a programação, a escolha dos atores, a composição dos cenários.

 

 

(Adaptado de Marta Maria Klagsbrunn. “A telenovela ao vivo”.Sujeito, o lado oculto do receptor. S.Paulo: Brasiliense, 1995, p. 94-95)

O texto enfatiza

#24996
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(1,0)

Um ano de ausência

A porta aberta, você dava logo de cara com um azulejo 

na parede: “Aqui mora um solteiro feliz”. Uma pitada de humor 

com um toque popular. Essa graça espontânea que a tudo dá 

gosto. Do contrário, a vida é só enfado e mormaço. Era de fato 

um solitário. Precisava de ser só. Nisso, sua personalidade era 

feita de uma peça só. Incapaz de simulação, ou até, em certos 

casos, de uma ponta de hipocrisia que se debita à polidez social.

 

Nunca vi solitário de porta tão aberta. Nesse sentido, 

falando de Minas, do tempo em que lá viveu, observava o recato,

a quase avareza com que os mineiros tratam o forasteiro. 

Talvez por isso nunca se esqueceu de um almoço em Caeté, 

que lhe deu uma página antológica do ponto de vista das duas 

artes ? a culinária e a literária. Sendo de um temperamento

encolhido, sobretudo na mocidade, gostava desse clima de

intimidade que cria laços de confiança e amizade para sempre.

 

À primeira vista, ou de longe, parecia, sim, o que os 

franceses chamam de um urso. Sempre metido consigo mesmo, 

fabricava o seu próprio mel. Espécie de ruminante, que se

alimentava da matula que traz de nascença. Fugia da cilada

sentimental, ou da emoção, pelo atalho do senso de humor. Sabia 

manejar a lâmina da ironia, nunca a usava a seco. Sempre

compensada por uma tirada de forte teor humano. Horror ao

pedantismo, à afetação. Não impostava a voz, nem a pena.

 

Talvez tivesse qualquer coisa de bicho, esse homem 

sensível à beleza fugaz deste mundo. Na sua relação com

a natureza, não havia intermediação de ordem intelectual. O coração

da vida pulsava no seu coração. Era um ser livre e lírico. 

Seu claro olhar de sabedoria espiava o Brasil com algum tédio. 

País sem jeito, que trata mal as crianças e os pobres. O sentimento

de justiça sem apelo ideológico. Muito antes do modismo conservacionista,

pleiteou a causa do macaco carvoeiro e de todo e qualquer ser

ameaçado. Tinha uma disponibilidade fundamental para ver e escrever. Um

senhor poeta, o cronista Rubem Braga.

 

 

(Adaptado de: Otto Lara Resende. Bom dia para nascer: crônicas publicadas na Folha de S.Paulo. São Paulo: Cia. das Letras, 2011, p. 259 e 260)

Talvez tivesse qualquer coisa de bicho, esse homem sen- sível à beleza fugaz deste mundo. .A crase empregada acima pode ser corretamente mantida caso, sem qualquer outra alteração da frase, o segmento sublinhado seja substituído por:

#24995
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Um ano de ausência

A porta aberta, você dava logo de cara com um azulejo 

na parede: “Aqui mora um solteiro feliz”. Uma pitada de humor 

com um toque popular. Essa graça espontânea que a tudo dá 

gosto. Do contrário, a vida é só enfado e mormaço. Era de fato 

um solitário. Precisava de ser só. Nisso, sua personalidade era 

feita de uma peça só. Incapaz de simulação, ou até, em certos 

casos, de uma ponta de hipocrisia que se debita à polidez social.

 

Nunca vi solitário de porta tão aberta. Nesse sentido, 

falando de Minas, do tempo em que lá viveu, observava o recato,

a quase avareza com que os mineiros tratam o forasteiro. 

Talvez por isso nunca se esqueceu de um almoço em Caeté, 

que lhe deu uma página antológica do ponto de vista das duas 

artes ? a culinária e a literária. Sendo de um temperamento

encolhido, sobretudo na mocidade, gostava desse clima de

intimidade que cria laços de confiança e amizade para sempre.

 

À primeira vista, ou de longe, parecia, sim, o que os 

franceses chamam de um urso. Sempre metido consigo mesmo, 

fabricava o seu próprio mel. Espécie de ruminante, que se

alimentava da matula que traz de nascença. Fugia da cilada

sentimental, ou da emoção, pelo atalho do senso de humor. Sabia 

manejar a lâmina da ironia, nunca a usava a seco. Sempre

compensada por uma tirada de forte teor humano. Horror ao

pedantismo, à afetação. Não impostava a voz, nem a pena.

 

Talvez tivesse qualquer coisa de bicho, esse homem 

sensível à beleza fugaz deste mundo. Na sua relação com

a natureza, não havia intermediação de ordem intelectual. O coração

da vida pulsava no seu coração. Era um ser livre e lírico. 

Seu claro olhar de sabedoria espiava o Brasil com algum tédio. 

País sem jeito, que trata mal as crianças e os pobres. O sentimento

de justiça sem apelo ideológico. Muito antes do modismo conservacionista,

pleiteou a causa do macaco carvoeiro e de todo e qualquer ser

ameaçado. Tinha uma disponibilidade fundamental para ver e escrever. Um

senhor poeta, o cronista Rubem Braga.

 

 

(Adaptado de: Otto Lara Resende. Bom dia para nascer: crônicas publicadas na Folha de S.Paulo. São Paulo: Cia. das Letras, 2011, p. 259 e 260)

... clima de intimidade que cria laços de confiança e amizade para sempre.O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o verbo grifado acima está empregado em:

#24994
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(1,0)

Um ano de ausência

A porta aberta, você dava logo de cara com um azulejo 

na parede: “Aqui mora um solteiro feliz”. Uma pitada de humor 

com um toque popular. Essa graça espontânea que a tudo dá 

gosto. Do contrário, a vida é só enfado e mormaço. Era de fato 

um solitário. Precisava de ser só. Nisso, sua personalidade era 

feita de uma peça só. Incapaz de simulação, ou até, em certos 

casos, de uma ponta de hipocrisia que se debita à polidez social.

 

Nunca vi solitário de porta tão aberta. Nesse sentido, 

falando de Minas, do tempo em que lá viveu, observava o recato,

a quase avareza com que os mineiros tratam o forasteiro. 

Talvez por isso nunca se esqueceu de um almoço em Caeté, 

que lhe deu uma página antológica do ponto de vista das duas 

artes ? a culinária e a literária. Sendo de um temperamento

encolhido, sobretudo na mocidade, gostava desse clima de

intimidade que cria laços de confiança e amizade para sempre.

 

À primeira vista, ou de longe, parecia, sim, o que os 

franceses chamam de um urso. Sempre metido consigo mesmo, 

fabricava o seu próprio mel. Espécie de ruminante, que se

alimentava da matula que traz de nascença. Fugia da cilada

sentimental, ou da emoção, pelo atalho do senso de humor. Sabia 

manejar a lâmina da ironia, nunca a usava a seco. Sempre

compensada por uma tirada de forte teor humano. Horror ao

pedantismo, à afetação. Não impostava a voz, nem a pena.

 

Talvez tivesse qualquer coisa de bicho, esse homem 

sensível à beleza fugaz deste mundo. Na sua relação com

a natureza, não havia intermediação de ordem intelectual. O coração

da vida pulsava no seu coração. Era um ser livre e lírico. 

Seu claro olhar de sabedoria espiava o Brasil com algum tédio. 

País sem jeito, que trata mal as crianças e os pobres. O sentimento

de justiça sem apelo ideológico. Muito antes do modismo conservacionista,

pleiteou a causa do macaco carvoeiro e de todo e qualquer ser

ameaçado. Tinha uma disponibilidade fundamental para ver e escrever. Um

senhor poeta, o cronista Rubem Braga.

 

 

(Adaptado de: Otto Lara Resende. Bom dia para nascer: crônicas publicadas na Folha de S.Paulo. São Paulo: Cia. das Letras, 2011, p. 259 e 260) 

A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente, com os necessários ajustes, foi realizada corretamente em: