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Concurso: CONDER-BA x
#156151
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(1,0)

No browser Google Chrome, um atalho de teclado permite adicionar a página atual (aquela que está exibida na tela) aos Favoritos.

Esse atalho de teclado é

#156150
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CONDER-BA
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O software Thunderbird Mozilla possui a seguinte funcionalidade:

#156149
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As razões que diferenciam os documentos de arquivo dos demais são apresentadas nas alternativas a seguir, à exceção de uma.

Assinale-a.

#156148
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O valor secundário refere-se ao uso para outros fins que não aqueles para os quais os documentos foram criados.

O documento, para que tenha valor secundário, deve ser

#156147
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CONDER-BA
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O trabalho do Assistente Social se insere nas instituições sociais responsáveis por diferentes políticas setoriais. Embora essas políticas tenham áreas distintas de atuação, alguns elementos são comuns e determinam a ação profissional.

Sobre esses elementos, analise as afirmativas a seguir

I. Legislações normativas buscam integrar e unificar as ações de cada política em todo o território nacional.

II. A lógica de racionalização de recursos está na base dos processos de descentralização das políticas sociais.

III. Os processos de sociabilidade próprios da lógica da sociedade burguesa influem nas atividades socioeducativas.

Assinale

#24360
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(1,0)

O abalo dos muros

No próximo ano, completam-se 20 anos da queda do Muro

de Berlim, símbolo da bipolaridade do mundo dividido em dois

sistemas: capitalista e socialista. Agora assistimos ao declínio

de Wall Street (rua do Muro), na qual se concentram as sedes

dos maiores bancos e instituições financeiras.

O muro que dá nome à rua de Nova York foi erguido pelos

holandeses em 1652 e derrubado pelos ingleses em 1699. Nova

Amsterdã deu lugar a Nova York.

O apocalipse ideológico no Leste Europeu, jamais previsto

pelos analistas, fortaleceu a idéia de que fora do capitalismo não

há salvação. Agora, a crise do sistema financeiro derruba o

dogma da imaculada concepção do livre mercado como única

panacéia para o bom andamento da economia.

Ainda não é o fim do capitalismo, mas talvez seja a agonia

do caráter neoliberal que hipertrofiou o sistema financeiro.

Acumular fortunas tornou-se mais importante que produzir bens

e serviços. A bolha especulativa inflou e, súbito, estourou.

Repete-se, contudo, a velha receita: após privatizar os

ganhos, o sistema socializa os prejuízos. Desmorona a cantilena

do “menos Estado e mais iniciativa privada”. Na hora da crise,

apela-se ao Estado como bóia de salvamento na forma de US$

700 bilhões (5% do PIB dos EUA ou o custo de todo o petróleo

consumido em um ano naquele país) a serem injetados para

anabolizar o sistema financeiro.

O programa Bolsa-Fartura de Bush reúne quantia suficiente

para erradicar a fome no mundo. Mas quem se preocupa com

os pobres? Devido ao aumento dos preços dos alimentos, nos

últimos 12 meses, o número de famintos crônicos subiu de 854

milhões para 950 milhões, segundo Jacques Diouf, diretor-geral

da FAO (Fundo das Nações Unidas para Agricultura e

Alimentação).

Quem pagará a fatura do Proer usamericano? A resposta é

óbvia: o contribuinte. Prevê-se o desemprego imediato de 11

milhões de pessoas vinculadas ao mercado de capitais e à

construção civil. Os fundos de pensão, descapitalizados, não

terão como honrar os direitos de milhões de aposentados,

sobretudo de quem investiu em previdência privada.

A restrição do crédito tende a inibir a produção e o

consumo. Os bancos de investimentos colocam as barbas de

molho. Os impostos sofrerão aumentos. O mercado ficará sob

regime de liberdade vigiada: vale agora o modelo chinês de

controle político da economia, e não mais o controle da política

pela economia, como ocorre no neoliberalismo.

Em 1967, J.K. Galbraith chamava a atenção para a crise do

caráter industrial do capitalismo. Nomes como Ford, Rockefeller,

Carnegie ou Guggenheim, exemplos de empreendedores,

desapareciam do cenário econômico para dar lugar à ampla rede

de acionistas anônimos. O valor da empresa deslocava-se do

parque industrial para a Bolsa de Valores.

Na década seguinte, Daniel Bell alertaria para a íntima

associação entre informação e especulação e apontaria as

contradições culturais do capitalismo: o ascetismo

(= acumulação) em choque com o estímulo consumista; os

valores da modernidade destronados pelo caráter iconoclasta

das inovações científicas e tecnológicas; lei e ética em

antagonismo quanto mais o mercado se arvora em árbitro das

relações econômicas e sociais.

Se a queda do Muro de Berlim trouxe ao Leste Europeu mais

liberdade e menos justiça, introduzindo desigualdades gritantes,

o abalo de Wall Street obriga o capitalismo a se repensar. O

cassino global torna o mundo mais feliz? Óbvio que não. O

fracasso do socialismo real significa vitória do capitalismo virtual

(real para apenas um terço da humanidade)? Também não.

Não se mede o fracasso do capitalismo por suas crises

financeiras, e sim pela exclusão – de acesso a bens essenciais

de consumo e direitos de cidadania, como alimentação, saúde e

educação – de dois terços da humanidade. São 4 bilhões de

pessoas que, segundo a ONU, vivem entre a miséria e a

pobreza, com renda diária inferior a US$ 2.

Há, sim, que buscar, com urgência, um outro mundo

possível, economicamente justo, politicamente democrático e

ecologicamente sustentável.

 

(Frei Betto. Folha de São Paulo, 6 de outubro de 2008.)

Em “o ascetismo (= acumulação) em choque com o estímulo consumista” (L.52-53), a palavra entre parênteses, em relação ao sentido da anterior, o:

#24359
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(1,0)

O abalo dos muros

No próximo ano, completam-se 20 anos da queda do Muro

de Berlim, símbolo da bipolaridade do mundo dividido em dois

sistemas: capitalista e socialista. Agora assistimos ao declínio

de Wall Street (rua do Muro), na qual se concentram as sedes

dos maiores bancos e instituições financeiras.

O muro que dá nome à rua de Nova York foi erguido pelos

holandeses em 1652 e derrubado pelos ingleses em 1699. Nova

Amsterdã deu lugar a Nova York.

O apocalipse ideológico no Leste Europeu, jamais previsto

pelos analistas, fortaleceu a idéia de que fora do capitalismo não

há salvação. Agora, a crise do sistema financeiro derruba o

dogma da imaculada concepção do livre mercado como única

panacéia para o bom andamento da economia.

Ainda não é o fim do capitalismo, mas talvez seja a agonia

do caráter neoliberal que hipertrofiou o sistema financeiro.

Acumular fortunas tornou-se mais importante que produzir bens

e serviços. A bolha especulativa inflou e, súbito, estourou.

Repete-se, contudo, a velha receita: após privatizar os

ganhos, o sistema socializa os prejuízos. Desmorona a cantilena

do “menos Estado e mais iniciativa privada”. Na hora da crise,

apela-se ao Estado como bóia de salvamento na forma de US$

700 bilhões (5% do PIB dos EUA ou o custo de todo o petróleo

consumido em um ano naquele país) a serem injetados para

anabolizar o sistema financeiro.

O programa Bolsa-Fartura de Bush reúne quantia suficiente

para erradicar a fome no mundo. Mas quem se preocupa com

os pobres? Devido ao aumento dos preços dos alimentos, nos

últimos 12 meses, o número de famintos crônicos subiu de 854

milhões para 950 milhões, segundo Jacques Diouf, diretor-geral

da FAO (Fundo das Nações Unidas para Agricultura e

Alimentação).

Quem pagará a fatura do Proer usamericano? A resposta é

óbvia: o contribuinte. Prevê-se o desemprego imediato de 11

milhões de pessoas vinculadas ao mercado de capitais e à

construção civil. Os fundos de pensão, descapitalizados, não

terão como honrar os direitos de milhões de aposentados,

sobretudo de quem investiu em previdência privada.

A restrição do crédito tende a inibir a produção e o

consumo. Os bancos de investimentos colocam as barbas de

molho. Os impostos sofrerão aumentos. O mercado ficará sob

regime de liberdade vigiada: vale agora o modelo chinês de

controle político da economia, e não mais o controle da política

pela economia, como ocorre no neoliberalismo.

Em 1967, J.K. Galbraith chamava a atenção para a crise do

caráter industrial do capitalismo. Nomes como Ford, Rockefeller,

Carnegie ou Guggenheim, exemplos de empreendedores,

desapareciam do cenário econômico para dar lugar à ampla rede

de acionistas anônimos. O valor da empresa deslocava-se do

parque industrial para a Bolsa de Valores.

Na década seguinte, Daniel Bell alertaria para a íntima

associação entre informação e especulação e apontaria as

contradições culturais do capitalismo: o ascetismo

(= acumulação) em choque com o estímulo consumista; os

valores da modernidade destronados pelo caráter iconoclasta

das inovações científicas e tecnológicas; lei e ética em

antagonismo quanto mais o mercado se arvora em árbitro das

relações econômicas e sociais.

Se a queda do Muro de Berlim trouxe ao Leste Europeu mais

liberdade e menos justiça, introduzindo desigualdades gritantes,

o abalo de Wall Street obriga o capitalismo a se repensar. O

cassino global torna o mundo mais feliz? Óbvio que não. O

fracasso do socialismo real significa vitória do capitalismo virtual

(real para apenas um terço da humanidade)? Também não.

Não se mede o fracasso do capitalismo por suas crises

financeiras, e sim pela exclusão – de acesso a bens essenciais

de consumo e direitos de cidadania, como alimentação, saúde e

educação – de dois terços da humanidade. São 4 bilhões de

pessoas que, segundo a ONU, vivem entre a miséria e a

pobreza, com renda diária inferior a US$ 2.

Há, sim, que buscar, com urgência, um outro mundo

possível, economicamente justo, politicamente democrático e

ecologicamente sustentável.

 

(Frei Betto. Folha de São Paulo, 6 de outubro de 2008.)


Em relação à estrutura e à produção de sentidos do texto, analise os itens a seguir: 

I. A expressão rua do Muro (L.4) ajuda a evidenciar a idéia estabelecida no título. 

II. As idéias se construíram também com a estratégia textual da comparação. 

III. Ocorre, como estratégia expositiva e argumentativa, uso da ironia. 

Assinale:

#24358
Concurso
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O abalo dos muros

No próximo ano, completam-se 20 anos da queda do Muro

de Berlim, símbolo da bipolaridade do mundo dividido em dois

sistemas: capitalista e socialista. Agora assistimos ao declínio

de Wall Street (rua do Muro), na qual se concentram as sedes

dos maiores bancos e instituições financeiras.

O muro que dá nome à rua de Nova York foi erguido pelos

holandeses em 1652 e derrubado pelos ingleses em 1699. Nova

Amsterdã deu lugar a Nova York.

O apocalipse ideológico no Leste Europeu, jamais previsto

pelos analistas, fortaleceu a idéia de que fora do capitalismo não

há salvação. Agora, a crise do sistema financeiro derruba o

dogma da imaculada concepção do livre mercado como única

panacéia para o bom andamento da economia.

Ainda não é o fim do capitalismo, mas talvez seja a agonia

do caráter neoliberal que hipertrofiou o sistema financeiro.

Acumular fortunas tornou-se mais importante que produzir bens

e serviços. A bolha especulativa inflou e, súbito, estourou.

Repete-se, contudo, a velha receita: após privatizar os

ganhos, o sistema socializa os prejuízos. Desmorona a cantilena

do “menos Estado e mais iniciativa privada”. Na hora da crise,

apela-se ao Estado como bóia de salvamento na forma de US$

700 bilhões (5% do PIB dos EUA ou o custo de todo o petróleo

consumido em um ano naquele país) a serem injetados para

anabolizar o sistema financeiro.

O programa Bolsa-Fartura de Bush reúne quantia suficiente

para erradicar a fome no mundo. Mas quem se preocupa com

os pobres? Devido ao aumento dos preços dos alimentos, nos

últimos 12 meses, o número de famintos crônicos subiu de 854

milhões para 950 milhões, segundo Jacques Diouf, diretor-geral

da FAO (Fundo das Nações Unidas para Agricultura e

Alimentação).

Quem pagará a fatura do Proer usamericano? A resposta é

óbvia: o contribuinte. Prevê-se o desemprego imediato de 11

milhões de pessoas vinculadas ao mercado de capitais e à

construção civil. Os fundos de pensão, descapitalizados, não

terão como honrar os direitos de milhões de aposentados,

sobretudo de quem investiu em previdência privada.

A restrição do crédito tende a inibir a produção e o

consumo. Os bancos de investimentos colocam as barbas de

molho. Os impostos sofrerão aumentos. O mercado ficará sob

regime de liberdade vigiada: vale agora o modelo chinês de

controle político da economia, e não mais o controle da política

pela economia, como ocorre no neoliberalismo.

Em 1967, J.K. Galbraith chamava a atenção para a crise do

caráter industrial do capitalismo. Nomes como Ford, Rockefeller,

Carnegie ou Guggenheim, exemplos de empreendedores,

desapareciam do cenário econômico para dar lugar à ampla rede

de acionistas anônimos. O valor da empresa deslocava-se do

parque industrial para a Bolsa de Valores.

Na década seguinte, Daniel Bell alertaria para a íntima

associação entre informação e especulação e apontaria as

contradições culturais do capitalismo: o ascetismo

(= acumulação) em choque com o estímulo consumista; os

valores da modernidade destronados pelo caráter iconoclasta

das inovações científicas e tecnológicas; lei e ética em

antagonismo quanto mais o mercado se arvora em árbitro das

relações econômicas e sociais.

Se a queda do Muro de Berlim trouxe ao Leste Europeu mais

liberdade e menos justiça, introduzindo desigualdades gritantes,

o abalo de Wall Street obriga o capitalismo a se repensar. O

cassino global torna o mundo mais feliz? Óbvio que não. O

fracasso do socialismo real significa vitória do capitalismo virtual

(real para apenas um terço da humanidade)? Também não.

Não se mede o fracasso do capitalismo por suas crises

financeiras, e sim pela exclusão – de acesso a bens essenciais

de consumo e direitos de cidadania, como alimentação, saúde e

educação – de dois terços da humanidade. São 4 bilhões de

pessoas que, segundo a ONU, vivem entre a miséria e a

pobreza, com renda diária inferior a US$ 2.

Há, sim, que buscar, com urgência, um outro mundo

possível, economicamente justo, politicamente democrático e

ecologicamente sustentável.

 

(Frei Betto. Folha de São Paulo, 6 de outubro de 2008.)

“Os bancos de investimentos colocam as barbas de molho.” (L.39-40) 

“Colocar as barbas de molho” significa:

#24357
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O abalo dos muros

No próximo ano, completam-se 20 anos da queda do Muro

de Berlim, símbolo da bipolaridade do mundo dividido em dois

sistemas: capitalista e socialista. Agora assistimos ao declínio

de Wall Street (rua do Muro), na qual se concentram as sedes

dos maiores bancos e instituições financeiras.

O muro que dá nome à rua de Nova York foi erguido pelos

holandeses em 1652 e derrubado pelos ingleses em 1699. Nova

Amsterdã deu lugar a Nova York.

O apocalipse ideológico no Leste Europeu, jamais previsto

pelos analistas, fortaleceu a idéia de que fora do capitalismo não

há salvação. Agora, a crise do sistema financeiro derruba o

dogma da imaculada concepção do livre mercado como única

panacéia para o bom andamento da economia.

Ainda não é o fim do capitalismo, mas talvez seja a agonia

do caráter neoliberal que hipertrofiou o sistema financeiro.

Acumular fortunas tornou-se mais importante que produzir bens

e serviços. A bolha especulativa inflou e, súbito, estourou.

Repete-se, contudo, a velha receita: após privatizar os

ganhos, o sistema socializa os prejuízos. Desmorona a cantilena

do “menos Estado e mais iniciativa privada”. Na hora da crise,

apela-se ao Estado como bóia de salvamento na forma de US$

700 bilhões (5% do PIB dos EUA ou o custo de todo o petróleo

consumido em um ano naquele país) a serem injetados para

anabolizar o sistema financeiro.

O programa Bolsa-Fartura de Bush reúne quantia suficiente

para erradicar a fome no mundo. Mas quem se preocupa com

os pobres? Devido ao aumento dos preços dos alimentos, nos

últimos 12 meses, o número de famintos crônicos subiu de 854

milhões para 950 milhões, segundo Jacques Diouf, diretor-geral

da FAO (Fundo das Nações Unidas para Agricultura e

Alimentação).

Quem pagará a fatura do Proer usamericano? A resposta é

óbvia: o contribuinte. Prevê-se o desemprego imediato de 11

milhões de pessoas vinculadas ao mercado de capitais e à

construção civil. Os fundos de pensão, descapitalizados, não

terão como honrar os direitos de milhões de aposentados,

sobretudo de quem investiu em previdência privada.

A restrição do crédito tende a inibir a produção e o

consumo. Os bancos de investimentos colocam as barbas de

molho. Os impostos sofrerão aumentos. O mercado ficará sob

regime de liberdade vigiada: vale agora o modelo chinês de

controle político da economia, e não mais o controle da política

pela economia, como ocorre no neoliberalismo.

Em 1967, J.K. Galbraith chamava a atenção para a crise do

caráter industrial do capitalismo. Nomes como Ford, Rockefeller,

Carnegie ou Guggenheim, exemplos de empreendedores,

desapareciam do cenário econômico para dar lugar à ampla rede

de acionistas anônimos. O valor da empresa deslocava-se do

parque industrial para a Bolsa de Valores.

Na década seguinte, Daniel Bell alertaria para a íntima

associação entre informação e especulação e apontaria as

contradições culturais do capitalismo: o ascetismo

(= acumulação) em choque com o estímulo consumista; os

valores da modernidade destronados pelo caráter iconoclasta

das inovações científicas e tecnológicas; lei e ética em

antagonismo quanto mais o mercado se arvora em árbitro das

relações econômicas e sociais.

Se a queda do Muro de Berlim trouxe ao Leste Europeu mais

liberdade e menos justiça, introduzindo desigualdades gritantes,

o abalo de Wall Street obriga o capitalismo a se repensar. O

cassino global torna o mundo mais feliz? Óbvio que não. O

fracasso do socialismo real significa vitória do capitalismo virtual

(real para apenas um terço da humanidade)? Também não.

Não se mede o fracasso do capitalismo por suas crises

financeiras, e sim pela exclusão – de acesso a bens essenciais

de consumo e direitos de cidadania, como alimentação, saúde e

educação – de dois terços da humanidade. São 4 bilhões de

pessoas que, segundo a ONU, vivem entre a miséria e a

pobreza, com renda diária inferior a US$ 2.

Há, sim, que buscar, com urgência, um outro mundo

possível, economicamente justo, politicamente democrático e

ecologicamente sustentável.

 

(Frei Betto. Folha de São Paulo, 6 de outubro de 2008.)

“Quem pagará a fatura do Proer usamericano? A resposta é óbvia: o contribuinte. Prevê-se o desemprego imediato de 11 milhões de pessoas vinculadas ao mercado de capitais e à construção civil.” (L.32-35) 

A respeito do trecho acima, analise os itens a seguir: 

I. O vocábulo usamericano é um neologismo. 

II. O vocábulo usamericano poderia ser substituído por “estadunidense”. 

III. O sujeito de “pagará” é Quem.

Assinale:

#24356
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O acento indicativo de crase foi corretamente empregado apenas em:

#24355
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Painel do leitor (Carta do leitor) 

Resgate no Chile 

Assisti ao maior espetáculo da Terra numa operação de salvamento de vidas, após 69 dias de permanência no fundo de uma mina de cobre e ouro no Chile. 
Um a um os mineiros soterrados foram içados com sucesso, mostrando muita calma, saúde, sorrindo e cumprimentando seus companheiros de trabalho. Não se pode esquecer a ajuda técnica e material que os Estados Unidos, Canadá e China ofereceram à equipe chilena de salvamento, num gesto humanitário que só enobrece esses países. E, também, dos dois médicos e dois “socorristas” que, demonstrando coragem e desprendimento, desceram na mina para ajudar no salvamento.

(Douglas Jorge; São Paulo, www.folha.com.br painel do leitor – 17/10/2010) 

 

No 2º§, em “ofereceram à equipe chilena de salvamento,...”, o emprego do acento grave:

#24354
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Painel do leitor (Carta do leitor) 

Resgate no Chile 

Assisti ao maior espetáculo da Terra numa operação de salvamento de vidas, após 69 dias de permanência no fundo de uma mina de cobre e ouro no Chile. 
Um a um os mineiros soterrados foram içados com sucesso, mostrando muita calma, saúde, sorrindo e 
cumprimentando seus companheiros de trabalho. Não se pode esquecer a ajuda técnica e material que os Estados Unidos, Canadá e China ofereceram à equipe chilena de salvamento, num gesto humanitário que só enobrece esses países. E, também, dos dois médicos e dois “socorristas” que, demonstrando coragem e desprendimento, desceram na mina para ajudar no salvamento.

(Douglas Jorge; São Paulo, www.folha.com.br painel do leitor – 17/10/2010) 

 

Considerando o tipo textual apresentado, algumas expressões demonstram o posicionamento pessoal do leitor diante do fato por ele narrado. Tais marcas textuais podem ser encontradas nos trechos a seguir, EXCETO:

#24353
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Contar é muito dificultoso. Não pelos anos que já se passaram. Mas pela astúcia que têm certas coisas passadas de fazer balancê, de se remexerem dos lugares. A lembrança da vida da gente se guarda em trechos diversos; uns com outros acho que nem se misturam (...) Contar seguido, alinhavado, só mesmo sendo coisas de rasa importância.

 

Tem horas antigas que ficaram muito mais perto da gente do que outras de recente data. Toda saudade é uma espécie de velhice. Talvez, então, a melhor coisa seria contar a infância não como um filme em que a vida acontece no tempo, uma coisa depois da outra, na ordem certa, sendo essa conexão que lhe dá sentido, princípio, meio e fim, mas como um álbum de retratos, cada um completo em si mesmo, cada um contendo o sentido inteiro. Talvez seja esse o jeito de escrever sobre a alma em cuja memória se encontram as coisas eternas, que permanecem... 

(Guimarães Rosa. Apud Rubem Alves. Na morada das palavras. Campinas: Papirus, 2003. p. 139)

Pelo sentido do texto, a palavra “lembrança” em “A lembrança da vida da gente...” pode ser substituída, sem alteração do sentido, por:

#24352
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Contar é muito dificultoso. Não pelos anos que já se passaram. Mas pela astúcia que têm certas coisas passadas de fazer balancê, de se remexerem dos lugares. A lembrança da vida da gente se guarda em trechos diversos; uns com outros acho que nem se misturam (...) Contar seguido, alinhavado, só mesmo sendo coisas de rasa importância.

Tem horas antigas que ficaram muito mais perto da gente do que outras de recente data. Toda saudade é uma espécie de velhice. Talvez, então, a melhor coisa seria contar a infância não como um filme em que a vida acontece no tempo, uma coisa depois da outra, na ordem certa, sendo essa conexão que lhe dá sentido, princípio, meio e fim, mas como um álbum de retratos, cada um completo em si mesmo, cada um contendo o sentido inteiro. Talvez seja esse o jeito de escrever sobre a alma em cuja memória se encontram as coisas eternas, que permanecem... 

(Guimarães Rosa. Apud Rubem Alves. Na morada das palavras. Campinas: Papirus, 2003. p. 139)

Considerando as ideias expressas no texto pode-se inferir que

#24351
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A Carta de Pero Vaz de Caminha

De ponta a ponta é toda praia rasa, muito plana e bem formosa. Pelo sertão, pareceu-nos do mar muito grande, porque a estender a vista não podíamos ver senão terra e arvoredos, parecendo-nos terra muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro nem prata, nem nenhuma coisa de metal, nem de ferro; nem as vimos. Mas, a terra em si é muito boa de ares, tão frios e temperados, como os de Entre-Douro e Minho, porque, neste tempo de agora, assim os achávamos como os de lá. Águas são muitas e infindas. De tal maneira é graciosa que, querendo aproveitá-la dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem.

(In: Cronistas e viajantes. São Paulo: Abril Educação, 1982. p. 12-23. Literatura Comentada. Com adaptações)

“Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro nem prata, nem nenhuma coisa de metal, nem de ferro; 
nem as vimos.”