Vamos analisar por que o gabarito aponta C, mesmo parecendo estranha à primeira vista.
❗ Primeiramente: pela normativa do Ministério da Saúde (manuais de vigilância de IRAS e critérios de classificação cirúrgica), cirurgias limpas PODEM, sim, envolver penetração em tecidos estéreis, incluindo trato circulatório, músculos, ossos e articulações.
Portanto, tecnicamente, a alternativa C estaria errada.
Mas por que o gabarito marcou C como correta?
✔ Possível interpretação (e a mais provável):
A banca pode ter entendido “trato circulatório” como trato vascular contaminado por doença, especialmente em casos de:
tromboflebite,
endarterite,
infecções vasculares,
procedimentos com presença de cateter infectado,
manipulação de vasos com infecção adjacente.
Nesses casos, de fato não podem ser classificadas como limpas, porque já existe inflamação, infecção ou contaminação prévia.
Se a banca estiver considerando esse entendimento implícito, então ela estaria afirmando:
“É vedado classificar como limpas cirurgias em que haja penetração em trato circulatório comprometido (inflamado/infectado).”
Isso transforma a alternativa C em verdadeira dentro da lógica da questão, embora a redação seja ruim.
✔ Conclusão prática
Pelo rigor técnico, C seria falsa.
Porém, considerando a lógica de prova, onde as bancas costumam tratar “trato circulatório” como área contaminada por patologia, o gabarito marca C.