vejamos se essa interpretação pode ser justificada:
I.
Ao suspeitar de um quadro de simulação, o perito deve procurar fazer perguntas objetivas e diretas, estimulando respostas curtas e rápidas, confrontando o periciando e dificultando a estratégia do simulador de prolongar a descrição de sintomas inexistentes ou exagerados.
🔸 Problema:
Na prática pericial, o perito não deve adotar uma postura de confronto direto. Isso pode prejudicar a avaliação e levar o periciando a se fechar ou reagir defensivamente.
O correto é manter neutralidade, empatia controlada e método clínico estruturado, sem induzir respostas nem desafiar o avaliado.
➡️ Portanto, essa assertiva é considerada incorreta — o perito não deve “confrontar” o sujeito, e sim colher dados de forma técnica.
II.
Alucinações auditivas nítidas, com vozes de comando ameaçadoras, que variam ao longo do dia, mas que ficam mais intensas quando o periciando está sozinho e diminuem quando vê televisão, não costumam estar associadas a quadros de simulação.
🔸 Correta, segundo o gabarito.
Apesar de poder parecer “suspeito”, esse padrão pode realmente ocorrer em quadros psicóticos, já que o isolamento tende a aumentar o conteúdo alucinatório (menos distrações externas), e estímulos como ver TV podem atenuar os sintomas.
Ou seja, não é típico de simulação, mas pode acontecer em casos autênticos.
III.
A alucinação se diferencia da alucinose, porque, nesta última, o indivíduo mantém a crítica sobre sua percepção sensorial distorcida, sentindo-a como estranha a si.
✅ Correta.
Essa definição é conceitualmente precisa e aceita pela psiquiatria.
✅ Conclusão correta:
II e III verdadeiras → letra D.
📘 Resumo final:
Assertiva Situação Justificativa
I ❌ Falsa O perito não deve confrontar o periciando
II ✅ Verdadeira Pode ocorrer em psicose verdadeira
III ✅ Verdadeira Diferenciação correta entre alucinação e alucinose
👉 Gabarito confirmado: D (Apenas II e III).