Vamos analisar com calma:
🔍 Análise do caso clínico
Resumo dos achados:
Ferida contusa sem fratura óssea nem hematoma subgaleal → trauma leve, sem correspondência com o sangramento intracraniano.
Edema cerebral moderado, hemorragia parenquimatosa e inundação de ventrículo lateral esquerdo → indica hemorragia intraparenquimatosa espontânea.
Coração com hipertrofia concêntrica de VE (parede espessada) → típico de hipertensão arterial crônica.
Placas ateromatosas discretas (25%) → sem obstrução significativa.
Pulmões congestos e edemaciados → achado secundário à insuficiência cardíaca ou morte aguda.
💉 Discussão das alternativas
a) Traumatismo cranioencefálico fechado, ação contundente e queda de altura.
❌ Errado.
Não há fratura, nem contusão cortical, nem hematoma epidural/subdural — apenas pequena lesão externa, incompatível com o sangramento intracerebral encontrado.
b) Rotura de aneurisma cerebral sacular.
❌ Errado.
Aneurismas saculares causam hemorragia subaracnoidea, geralmente com sangue nos espaços basais e cisternas, não parenquimatosa intraventricular primária.
Nada no caso descreve aneurisma visível ou sangue subaracnoide.
c) AVC isquêmico com evento embólico associado à cardiopatia isquêmica.
❌ Errado.
O coração apresenta hipertrofia por hipertensão, não sinais de infarto ou trombos murais.
O achado cerebral é hemorrágico, não isquêmico.
d) AVC hemorrágico por rotura de paredes vasculares e hipertensão arterial sistêmica.
✅ Correto.
Os achados são clássicos de hemorragia hipertensiva:
Hemorragia parenquimatosa + invasão ventricular;
Coração com hipertrofia concêntrica de VE (marcador de HAS crônica);
Pequenas placas ateromatosas (sem obstrução crítica).
🧠 Conclusão
➡️ Diagnóstico necroscópico provável:
Acidente vascular cerebral hemorrágico (AVC hemorrágico) decorrente de hipertensão arterial sistêmica.
✅ Resposta correta: letra (d).