O trecho da canção ("A canção e o gráfico retratam a desigualdade brasileira. Os lucros são muito grandes, mas ninguém quer abrir mão, mesmo uma pequena parte já seria solução...") denuncia a ganância e a recusa em compartilhar a riqueza, indicando um problema social grave e de longa data ("já gerou um século").
O gráfico ("Participação dos 10% mais ricos na riqueza total brasileira (em %)") mostra que a fatia da riqueza detida pelos 10% mais ricos é persistentemente alta:
Século XIX: ~70,5%
Início do século XXI: ~67,8%
A variação de mais de um século é mínima (cerca de 3 pontos percentuais), o que demonstra a persistência da alta concentração de renda.
Análise das alternativas:
a) Incorreta. Embora a desigualdade seja alta, o gráfico não permite afirmar que o Brasil é o "pior distribuidor de renda do globo".
b) Incorreta. A queda de ~70,5% para ~67,8% ao longo de mais de um século não é uma "acentuada queda"; é uma redução muito pequena que mantém o problema em níveis altíssimos.
c) Incorreta. A opção introduz informações sobre Salvador que não são sustentadas pelos dados ou pela canção.
d) Correta. A péssima distribuição de renda no Brasil é historicamente ligada ao seu processo de formação (herança colonial) e o gráfico evidencia que essa concentração "pouco se alterou ao longo da história brasileira", mantendo-se alarmantemente alta do século XIX ao XXI. Essa alternativa conecta perfeitamente a denúncia da canção (problema secular) com a evidência gráfica (persistência).
e) Incorreta. A variação mínima não indica uma "expressiva melhora", e a persistência dos dados mostra que a canção não está desatualizada.
A alternativa que melhor expressa o tema é a d).